Psicoterapia para adolescentes, jovens e adultos e terapia de casal.
Originalmente publicado pela Psicóloga Jóice Bruxel: Ser pai é um papel, não é ser ajudante de mãe! A figura paterna e a figura materna possuem diferentes funções para um filho, assim como também uma distinta inserção na formação da sua personalidade. Existe uma crença, um tanto quanto equivocada, no que se refere aos papéis, em si. Nós não somos mães e pais inatos, obviamente a nossa natureza é procriar e somos biologicamente preparados para isto, mas no que tange e se tratando de questões psicológicas e emocionais, nós aprendemos a ser mães e pais, nós desenvolvemos estes papéis e as funções destes papéis, e é através deles que criamos vínculos afetivos com nossos filhos (ou não). Ou seja, você não ama o seu filho desde o primeiro momento que você o vê, ou quando ele ainda está na barriga da mãe. Você pode amar a ideia, pode ter muitas expectativas, o seu filho pode ter um significado muito positivo e ele pode ter sido muito desejado (e que bom seria se todos os filhos fossem desejados), mas ainda assim o amor e o vínculo são construções e ainda há bastante caminho a ser percorrido. Esqueça o glamour. Entenda a realidade e faça o melhor que você puder com isso.Um filho vem para bagunçar qualquer estrutura, chega exigindo novas configurações, ou melhor, uma reconfiguração familiar. É um “abalo” na estrutura, e não, eu não estou falando que isto não é maravilhoso, mas nem sempre é tão “glamouroso” como é vendido. É cansativo, exaustivo, requer muito esforço, paciência, aprendizado, dedicação. Já ouvi muitas mães frustradas por não se sentirem em êxtase após o nascimento de um filho, e sim, exaustas. Já ouvi relatos de mães que não se sentiam mães porque ainda se sentiam deslocadas com a realidade e com as exigências da maternidade. Já vi pais, que não se sentiam pais, porque não queriam ficar com a mãe da criança, como se a função de pai, fosse dependente da função da mãe. Se não está com a mãe, não exerce o papel de pai. Ele se torna nulo. Inexistente. Resta só a função de procriador.O que me impressiona também, é que muitas vezes, ao nascer um filho, muitos homens não se identificam muito com o papel de pai e suas funções, e adotam uma postura de "ajudantes de mãe". E pior ainda, há quem julgue ser um “plus”, os bonitões se prontificarem a fazer alguma coisa.Eu acho um absurdo quando alguém pergunta para uma mãe: “mas o fulano (no caso o pai) te ajuda”? Como se ajudar a cuidar de um filho fosse uma opção. E há quem defenda: “Ah, mas o marido trabalha fora e de noite ele chega cansado, quer mais é descansar, ele tem o direito de relaxar”. Mas e a mulher, que logo após o nascimento do bebê, está sofrendo mudanças hormonais drásticas? E a mulher que precisa fazer um reconhecimento de si mesma e que mudou completamente a sua rotina e agora vive em função daquele bebê? E a mulher que na maioria das vezes é responsável pela casa, pela comida, e muitas vezes, também tem uma profissão e precisa (ou quer) conciliar isso o quanto antes possível? E a mãe? Também tem o direito de estar cansada? Também tem o direito de descansar? O seu filho precisa do seu olhar e da sua presença!Pais entendam: O seu filho precisa do seu tempo! Eu sei que você está cansado e muito provavelmente está preocupado com as coisas da vida, como por exemplo, manter o seu emprego e suprir para a sua família (principalmente agora que os gastos serão mais elevados, com a chegada do novo filho). Mas o seu filho precisa mais do que isso! Ele precisa ser emocionalmente amparado também por você, e não só pela mãe. O seu tempo e a sua atenção, são os melhores investimentos que você pode fazer nele, e consequentemente, na sua família. Como falei anteriormente, o vínculo é uma construção, se você não tiver tempo para o seu filho hoje, você perderá muito no futuro. E muitas vezes, as perdas são quase irreversíveis. Pais ausentes criam filhos ausentes. Porque o futuro é uma construção do presente. É uma consequência.Simplificando: sabe porque a sua presença é fundamental? Porque a ausência causa danos!O seu filho precisa de você e você será o herói dele. Chegará o tempo em que ele estará na fase da repetição e ele vai querer repetir tudo o que você faz, a forma como você fala, anda, gesticula, e ele verá em você força e também um espelho. Sim, ele vai se espelhar em você! Seja uma boa influência. Você faz parte de quem seu filho é, da sua construção e de quem ele será. Não deposite milhares de expectativas nele, crie expectativas em você mesmo, exercendo o papel de pai. Se você for melhor, se agir melhor, se pensar melhor, é o que você vai passar para o seu filho. Ensine valores, mas seja você um pai e um homem de valor. Sabe aquele ditado que diz: “diga-me com que andas, que te direi quem és”? Eu arrisco dizer: “diga-me quem são os seus pais, que te direi quem és”. Aliás, você já pensou em qual imagem quer passar para o seu filho? Você já pensou com quais olhos quer ser visto por ele? Em como será a relação de vocês no futuro? A sua relação com seu filho independe da relação dele com a mãe. É responsabilidade sua! Não esqueça: O futuro é uma extensão do presente. Não deixe para ser pai depois, exerça o seu papel agora. Se você deixar para ser pai no futuro, provavelmente você já perdeu esse lugar há muito tempo. Tenha em mente: você é o herói do seu filho. Não despreze isso!Saiba mais sobre terapia curitiba via Blogger Ser pai é um papel, não é ser ajudante de mãe!
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AutoraOlá, meu nome é Jóice Bruxel, eu sou psicóloga clínica em Curitiba e atualmente atuo com psicoterapia e terapia de casal. Com um projeto pessoal em meu nome, também sou escritora e colunista em vários sites de psicologia, comportamento, saúde, autoconhecimento e bem estar. Agende agora a sua consulta! Histórico
Março 2019
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