Psicoterapia para adolescentes, jovens e adultos e terapia de casal.
Artigo escrito pela Psicóloga Jóice Bruxel: 9 mitos sobre psicólogo e psicoterapia Você sabe qual é o papel do psicólogo e qual a finalidade da psicoterapia? Ainda existem muitas crenças equivocadas sobre a psicologia, e muitas pessoas ainda têm preconceito em relação aos cuidados do psicólogo e sobre as suas práticas, sendo uma delas, a psicoterapia. Neste texto eu falo sobre 9 mitos sobre psicólogo e psicoterapia, que assim como eu, grande parte dos psicólogos, psicoterapeutas e estudantes de psicologia já ouviram e provavelmente ainda ouvem com uma certa frequência. São eles: 1º mito: Quem vai ao psicólogo é loucoEsse é um dos mitos mais frequentes. Em seu contexto clínico, a psicologia surgiu por demandas específicas voltas para questões de desajustes sociais e mentais, porém se modificou ao longo dos anos, e deixou de agir somente na cura, passando a agir também, na prevenção e manutenção. A psicoterapia não trata somente de patologias, ela também auxilia no autoconhecimento, autorrealização, na ressignificação de crenças limitantes, em questões emocionais, cognitivas e comportamentais, que precisam ser ajudadas e resolvidas. Muitas pessoas procuram a psicoterapia para aprender a lidar melhor com questões pessoais (dificuldades, conflitos, mudanças), assim como também para um melhor desenvolvimento de si e como um auxílio para o enfrentamento e preparação de novas fases e ciclos.O psicólogo deve ser visto como um profissional de saúde mental, e não de doença mental.Mesmo que existam desajustes mentais e sociais, também é necessário repensar sobre a ideia de loucura. Porque afinal de contas, quem define o que é normal? Gosto muito de uma frase de um filósofo e escritor indiano chamado Jiddu Krishnamurti que diz o seguinte: " Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente" 2º mito: Quem vai ao psicólogo é fracoNão existem pessoas “fracas” ou “fortes”, a única força capaz de ser medida é a força física. Fora ela, o que existe são diferentes maneiras de lidar com situações específicas. Procurar um psicólogo, muitas vezes, é reconhecer a existência de um problema e a necessidade de ajuda para superá-lo. Não tem a ver com fraqueza, e sim com o compromisso com seu próprio bem-estar.Não há como mensurar a dor alheia. Seja qual for o seu sofrimento ou o seu problema, ele é válido e precisa de cuidados! 3º mito: Psicólogos são videntesPsicólogos não leem mentes e não possuem uma bola de cristal. Não adivinham pensamentos e sentimentos, portanto, não tem soluções ou respostas para os seus problemas ou demandas. Não espere fórmulas mágicas ou receitas com passos imediatos para ser feliz e se livrar dos problemas.O processo terapêutico é uma construção, um trabalho conjunto, entre terapeuta e paciente.O psicólogo é um facilitador do seu caminho, mas cabe a você encontrar as suas próprias respostas. 4º mito: Psicólogos não têm problemas e “tiram de letra” as dificuldadesSe fosse assim, não existiriam nutricionistas acima do peso e os médicos não ficariam doentes. Os psicólogos também precisam conhecer a si mesmos, aprender a enfrentar os seus “monstros” e é muito importante que estes também façam terapia. Nós, psicólogos, antes de sermos psicólogos, somos seres humanos. Não somos semi-deuses. Vivemos no mesmo mundo e passamos pelas mesmas dificuldades que qualquer pessoa. E isso nos aproxima. Somos semelhantes. Pelo menos algumas de suas dores e batalhas, se assemelham às minhas.5º mito: Psicólogos analisam as pessoas o tempo todoGrande parte (se não, a maioria) dos psicólogos e estudantes de psicologia já ouviram, em seu cotidiano e vida pessoal, frases do tipo:
6º mito: Se o psicólogo não passou pela mesma situação que eu, ele não está apto para me compreender- “Se o psicólogo não for casado, ele não vai saber nada sobre casamento/relacionamento”; - “Se o psicólogo for muito novo, ele não tem muita experiência e não pode me ajudar. Aliás, eu já vivi muito mais do que ele”; - “Se o psicólogo não tem filhos, ele não sabe nada sobre crianças.”; - “Se o psicólogo não teve depressão, ele não sabe como é na prática. Só quem já passou sabe como é”. Esse tipo de visão é muito frequente e equivocada, pois a formação do psicólogo possibilita, através de anos de estudo sobre o ser humano, a compreender diversas realidades e situações, em diferentes fases da vida, e com diferentes perspectivas. Além da teoria, o psicólogo também aprende na prática. São dezenas de disciplinas, estágios, atendimentos e supervisões que ele traz na bagagem e possibilitam o seu entendimento através de vivências, assim como o torna apto para lidar com situações diversas. Um médico não precisa ter câncer para saber lidar e tratar do câncer, certo? O psicólogo da mesma forma.7º mito: Psicoterapia é a mesma coisa que autoajudaA psicologia, enquanto ciência, parte do pressuposto de que cada indivíduo é único e subjetivo, ou seja, traz consigo formas de ser e estar no mundo. Ela leva em conta a questão psicossocial e entende que nem tudo é para todos. Cada caso é um caso. A autoajuda, por sua vez, geralmente discute assuntos demasiadamente abrangentes, não leva em conta a diferença cultural e nem o contexto social. Sugere caminhos e não leva em conta as particularidades de cada um. Na psicoterapia os sentidos são construídos, reconstruídos e reforçados e o paciente é quem traça o seu caminho, ele é autônomo enquanto sujeito e senhor das suas escolhas.8º mito: Psicólogos são sempre calmos, tranquilos e equilibradosNão, não somos. Nós, psicólogos, estamos sujeitos as mesmas variáveis que qualquer outra pessoa. Nós temos os mesmos sentimentos e emoções, e por mais que o que se espera é que saibamos lidar com as emoções e adversidades da vida de uma forma mais equilibrada, nós não sabemos lidar com tudo e também não somos seres angelicais e perfeitos, que conseguem manter a calma e a tranquilidade o tempo todo. Lembro de um episódio, em que eu estava no final da faculdade, exausta, dormindo 3 horas por noite, estudando, trabalhando e estagiando, e em um dia certo dia, eu fiquei muito brava e indignada com uma situação e uma pessoa próxima me falou: "nossa, mas tu já és quase uma psicóloga, não deveria ficar assim, tens que dar o exemplo." É claro que eu exagerei, porque como eu falei, eu estava cansada, exausta e juntou um monte de variáveis. Talvez se eu estivesse descansada, em um ritmo menos acelerado, eu não tivesse ficado tão brava daquela maneira, mas o fato e que aquela frase me deixou mais indignada ainda. Nós não temos controle sobre as variáveis, também estamos expostos. E sim, em alguns momentos também brigamos, nos indignamos, ficamos irritados e bravos.Psicólogos não são monges e nem seres de luz. E isso não nos torna menos capacitados. 9º mito: Estou tomando remédio prescrito pelo psiquiatra, não preciso ir ao psicólogo fazer psicoterapiaMuitos pacientes começam a se tratar com psiquiatras antes da buscarem psicoterapia. Obviamente, se o medicamento prescrito for o adequado e o seu corpo reagir bem, após em média 15 dias, você deverá sentir uma melhora dos sintomas. O problema não é o medicamento em si, o problema é achar que por ter uma melhora dos sintomas, os seus problemas estão resolvidos.Os medicamentos agem nos sintomas, e não na causa. Os sintomas são a “pontinha do Iceberg”, ou seja, o que se vê e sente. Mas existe algo anterior a isso. Ou seja, a causa.Se a causa dos sintomas não for investigada e trabalhada, existe grande possibilidade de eles retornarem, assim que o medicamento for retirado. Por exemplo, se uma pessoa está resfriada, ela pode fazer uso de medicamentos e os sintomas podem desaparecer certo? Porém, algo causou aquele resfriado. Ela não ficou resfriada "do nada". Se o que causou aquele resfriado foi ela ter tomado chuva e ter ficado molhada por algumas horas, em um dia frio, e ela continuar tomando banhos de chuva em dias frios e permanecer molhada por horas, as chances de ela se resfriar novamente é grande. Nada surge do nada. A causa antecede os sintomas.Por isso, se você está tomando medicamento e quer agir na causa, na raiz do problema, você deve sim procurar um psicólogo e fazer psicoterapia. CONCLUSÃOQuais dos mitos sobre psicólogo e psicoterapia você já conhecia? Quais você replicava? E você, estudante de psicologia ou psicólogo, quais destes você já ouviu? Com quais você se identificou? Você tem mais mitos sobre psicólogo e psicoterapia para compartilhar? Eu quero saber! Me conta nos comentários!Saiba mais sobre psicólogos curitiba via Blogger 9 mitos sobre psicólogo e psicoterapia
0 Comentários
Texto escrito pela Psicóloga Jóice Bruxel: O oposto do amor não é o ódio – é o discurso Eu sempre defendi piamente que o oposto do amor não é o ódio, e sim a indiferença. E eu ainda concordo totalmente com essa teoria, mas há alguns dias atrás, quando eu li o relato de uma pessoa sobre o seu relacionamento abusivo, eu pude entender que nem sempre se trata somente de indiferença explícita – às vezes também se trata de discurso. Por que o oposto do amor não é o ódio?O ódio não é o oposto do amor, porque enquanto você odeia algo, você mantém uma ligação com o objeto (neste caso, com uma pessoa, porque eu estou falando de seres humanos). Quando você odeia uma pessoa, você está conectado a ela. Você deposita energia nela. Você pensa nela. E provavelmente isso lhe cause desconforto, mal estar, dano. Tem uma frase do Herman Hesse, que diz o seguinte:“Se você odeia alguém, é porque odeia alguma coisa nele que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos perturba”.Pensamentos relacionados ao ódio são pensamentos ruins, frequentemente devastadores. Se você nutre esse tipo de sentimento, no final das contas, você acaba dando poder para alguém que presumivelmente, nem deveria fazer parte da sua vida, dos seus pensamentos e do seu coração. Sendo assim, a partir do momento em que você não se importa mais, você deixa de odiar. Você deixa de investir a sua energia, porque quando alguém é realmente insignificante em sua vida, você não sente nada. Você é indiferente. E neste cenário, o ódio dá o espaço para o vazio. Se você me perguntar como deixar de odiar, eu infelizmente não tenho uma fórmula mágica ou 5 passos mirabolantes para acabar com o ódio em sua vida, mas eu posso assegurar que tem a ver com você, e não com a outra pessoa. Porque seja lá o que for que a outra pessoa tenha feito ou de que forma ela tenha te ferido ou te magoado, ela não merece ter poder em sua vida. Ela não é uma extensão de você e você deve cortar o fio que liga você a ela. E se ódio for o fio de ligação entre vocês, ele deve ser cortado. Imediatamente. Como? Acredito que o perdão seja a maneira mais adequada. Porque perdoar não tem a ver com o outro, na verdade, tem a ver com você. Perdoar não é esquecer, o nome disso é amnésia. Perdoar é se livrar de pesos que não são seus e seguir adiante. Sem laço. Sem fio. Sem ódio. Sem nada, além do vazio. Atitudes são para os que amam - Para os que não amam, resta o discurso.Por que, então, em alguns casos, o discurso é o contrário do amor (e não a indiferença)? Porque simplesmente uma pessoa pode ser indiferente a você (seus sentimentos, sua presença, sua vida), mas fingir estar muito interessada, preocupada, apaixonada. E mesmo que as ações também possam ser fingidas, elas geralmente são mais difíceis de sustentar do que o discurso. Costumeiramente ações fingidas alternam com ações reais. Ou seja, a pessoa age de uma forma em um dia, mas de outra forma no outro. É aquela tal famosa "pessoa de lua". Às vezes é carinhosa, em outras é agressiva. Às vezes trata bem, em outras humilha e machuca. Mas o discurso é sempre o mesmo: "o amor" ("eu te amo", "eu faço isso pro seu bem", "ninguém nunca vai lhe amar como eu", "eu me importo com você", blá, blá, blá). Porque a pessoa não diz que odeia, não dá um basta na relação. Independente das ações, ela diz que ama. E justifica as ações com um turbilhão de desculpas, sempre. Uma pessoa pode dizer que ama você, fazer declarações lindas e juras de amor eterno, mas se as ações dela não forem congruentes e condizentes (sempre!) com todo o discurso, muito provavelmente, ela ame somente a si mesma. Nem sempre a indiferença é observável, porque ela pode ser forjada, mascarada, manipulada. Por um tempo, óbvio. Mas às vezes, tempo necessário para causar muito dano. Aliás, essa é uma realidade muito dura de enfrentar, mas é preciso: muitas pessoas fingem, mentem, trapaceiam e manipulam. Você precisa estar atento. É fácil falar bonito, muitos psicopatas, inclusive, tem um poder incrível de persuasão. E o pior de tudo: eles também têm um poder enorme de sedução! Ou você acha que alguém que quer fazer mal pra você, se beneficiar às suas custas ou se aproveitar da sua energia vital e "boa vontade" vai se apresentar como uma pessoa desinteressante, rude ou sem graça? Na na ni na não...Amor implica ação - quando não existe ação ou quando a ação é o oposto do discurso, simplesmente não existe amor.Muitas pessoas utilizam o discurso justamente para “tapar o buraco”. Não conseguem sustentar uma (ou várias) mentira (s) com as ações e por não conseguirem mantê-las congruentes, acabam apelando para o discurso barato, manipulador e narcisista. Quem ama, age. Quem não ama, fala, fala, fala. Grita aos quatro cantos. Encena. Chega a ser teatral. Preste atenção nas ações – esqueça os discursos!A verdade é mais simples do que este texto. Mas também pode ser dolorosa. Veja bem, se uma pessoa diz que te ama, mas não age de acordo, te faz sofrer, te humilha, machuca, menospreza, negligencia, não cuida de você, é simples: essa pessoa não te ama. - "Ah Jóice, mas a pessoa não é mau, ela me trata bem e é carinhosa comigo às vezes. Ela nunca "levantou a mão pra mim". Quem te ama, te trata bem sempre. Mesmo em um momento de briga ou discussão, se ela te ama, ela cuida de você. Ela tem cuidado, apreço e esmero. Pare de inventar desculpas para as atitudes imbecis e para a falta de amor dos outros! A violência psicológica, por vezes, pode ser mais devastadora do que a violência física. Não permita!Não há como justificar o injustificável.Talvez essa pessoa até goste das coisas que você proporciona a ela, ou da forma como você a trata, mas ela não gosta de você, ela gosta de si mesma. Porque tudo tem a ver com ela. E não com você. E há quem invente milhares de desculpas e mecanismos de defesa para não ter que encarar a realidade. Porque eu sei, é doloroso. Mas acredite em mim: é libertador! Prestar atenção no que as pessoas fazem (e não só no que elas falam), é extremamente importante para que você consiga discerni-las e conhecê-las de verdade. E às vezes, para conhecer de verdade uma pessoa, você precisa se distanciar dela. Quebrar o ciclo para tirar a venda (dos olhos). Relato fictício de um discurso não realDarei um exemplo fictício, mas muito semelhante a inúmeros casos dos quais já acompanhei, para que você consiga visualizar um discurso que não coincide com as atitudes, ou seja, um discurso contrário ao amor. Henrique, aos olhos de muitos, é um rapaz calmo, brincalhão e apaixonado. Sempre disposto a ajudar todo mundo, vive postando fotos da família nas redes sociais com legendas e declarações amorosas, para a sua esposa, Juliana. Juliana também conhece essa versão de Henrique, mas geralmente quando há uma terceira pessoa em cena. Quando estão somente os dois, os comportamentos de Henrique frequentemente são contrários. Muitas vezes ele se torna uma pessoa fria, agressiva e hostil. Henrique chega em casa, quase sempre cansado e resmungando. Ele reclama de tudo. Nada do que Juliana faz,fala, pensa ou é, é suficiente ou agradável para ele. Henrique diz que se preocupa com a esposa e quer que ela melhore e evolua, por isso “é sincero e fala a verdade”. Ele não entende que sinceridade e grosseria não são sinônimos. Ele vive “minando” a sua autoestima e falando coisas que a destroem e corroem o seu peito, que fazem Juliana odiar a si mesma, seu corpo e também, suas escolhas. Mas ele diz que não é para ofender, e sim para que ela faça algo a respeito e melhore para ele. “Porque ele só quer o bem dela.” Henrique briga por motivos superficiais e se altera por tudo. Ele grita, xinga, humilha, chama Juliana de várias coisas feias, e muitas vezes a machuca fisicamente. E no final das contas, se faz de vítima e coloca a culpa em Juliana. Porque para ele, a culpa de ele ter se alterado é sempre dela. Ela não toma uma atitude porque ela acha que é “normal”. Um empurrãozinho daqui, um tapinha dali... Porque afinal de contas, ela nunca levou uma surra e não tem noção das várias formas de violência que enfrenta. Juliana, uma mulher que ama demais, muitas vezes se sente perdida e confusa. Acredita que precisa aguentar tudo "por amor" e chega a cogitar a hipótese de ela realmente estar louca ou de ser a culpada de tudo. Ela está cansada de falar, e muitas vezes, acaba ficando quieta para não piorar ainda mais as coisas. Quando fala, Henrique não valida, debocha ou fala que ela está louca. Mas ele diz que a ama. Que tudo é sempre para o bem dela. Quando Juliana finalmente cria coragem e decide brigar, ou até mesmo dar um basta na relação, Henrique se mostra arrependido, pede perdão, faz juras e promessas de que isso nunca mais irá acontecer. Ele faz declarações de amor eterno e se torna um príncipe. O último romântico. A leva para jantar ou para fazer um programa a dois e pede que deixem as coisas do passado, no passado. Porque a partir daquele momento, as coisas irão mudar.Cada briga é quase uma promessa de Réveillon eterno: renovam-se as esperanças de uma "vida nova".Juliana perdoa e sempre acha que fez a coisa certa. Até a próxima crise. Até o próximo xingamento. Até o próximo "ataque". É cíclico. Depois do momento do “príncipe encantado”, os comportamentos destrutivos sempre retornam.Henrique não ama Juliana. Não cuida dela. Não a valoriza. Não importa o que ele fale. Não interessam quais sejam as suas “desculpas” ou se o repertório de desculpas é infinito. O discurso não sustenta as suas ações (de não amor). Conclusão1) Se você se viu nesse relato, que não é real (mas é comum), eu sugiro que você reflita sobre isso. E se possível, procure ajuda. Eu sei que não é fácil, mas é possível sair disso. Me envie uma mensagem, eu posso te ajudar! Você não precisa enfrentar isso sozinho(a)! 2) Você merece ser amado de verdade! Você é digno de receber amor! Não se contente com migalhas...Saiba mais sobre terapia em curitiba via Blogger O oposto do amor não é o ódio – é o discurso Artigo produzido por Psicóloga Jóice Bruxel: Pais superprotetores criam filhos inseguros – Entenda as consequências! Afinal de contas, o que é superproteção?Não podemos confundir proteção com superproteção. A proteção é saudável e vital aos filhos, enquanto a superproteção é algo danoso, pois superproteger é ir além da satisfação das necessidades e cuidados necessários. Cuidados excessivos, se não dosados e equilibrados, podem virar uma síndrome obsessiva, o que pode afetar o relacionamento e o sistema familiar. Desta forma, superproteger é viver pelo filho. É impossibilitar o seu próprio desenvolvimento, falar por ele, decidir por ele, solucionar os seus problemas. É anular a sua autonomia, e de certa forma, aprisioná-lo em suas próprias escolhas, decisões e frustrações. Podemos definir a superproteção como um movimento contrário à educação para a independência e liberdade. A superproteção é uma privação da tentativa de acerto e também de erro. Assim como também, uma privação do crescimento, das escolhas e do desenvolvimento. Obviamente, pais superprotetores estão cheios de boas intenções, mas superproteger os filhos é uma maneira brutal de paralisá-los. Barrar o seu filho constantemente, privá-lo de qualquer frustração, não permitir que ele tente, faça e erre de vez quando, transmite pra ele a mensagem de que ele é incapaz, que não consegue, e que não é bom o suficiente. E isso pode ser extremamente prejudicial, pois pode torná-lo demasiadamente inseguro.Como saber se eu estou superprotegendo o meu filho?Vou dar três exemplos de alguns comportamentos, e se você os replica, considero importante uma avaliação, com cautela, sobre eles.1) Medo constante de que algo ruim vai acontecer ao seu filhoMuitos pais usam frases como: “o mundo anda tão perigoso”; “hoje em dia, todo cuidado é pouco”; “do jeito que as coisas estão, a gente precisa ter precaução”, para justificar uma preocupação e um medo constante e muitas vezes, desproporcional aos fatos. É claro que você precisa cuidar e proteger o seu filho. Você não deve ser negligente, de forma alguma, porém também não pode querer controlar o seu filho, o tempo todo, sufocando-o e impedindo-o de crescer e de se desenvolver. Isso é obsessão. Exemplo: Lucas* tem onze anos e sua turma irá fazer uma excursão de estudos para um museu em uma cidade vizinha. Os professores irão acompanhar os estudantes. Todos os seus colegas já confirmaram presença, e Lucas quer muito ir, porém seus pais o proíbem, pois consideram muito perigoso, e tem medo de que algo aconteça a ele. Lucas insiste, pois a prova será sobre a experiência no Museu e valerá nota, mas os pais não mudam de ideia, e Lucas, será o único a ter que ficar em casa. Lucas nunca pôde ir a nenhuma excursão da escola, nem tampouco em aniversários ou na casa dos amigos. Neste caso, os pais, por querer controlá-lo e por medo, acabam prejudicando Lucas de várias formas, pois além de ser prejudicado na escola, ele acaba sendo excluído, o que afeta e muito a sua vida, o seu desenvolvimento pessoal e as suas relações.2) Tratar o seu filho de uma forma que não corresponde com a sua idadeQuando o seu filho é um bebê, ele necessita totalmente de seus cuidados para sobreviver. Ou seja, ele não tem autonomia, ele é uma extensão de você. É você que alimenta, dá banho e cuida das suas necessidades básicas. Conforme ele vai crescendo, ele vai se desvinculando de você e vai se reconhecendo e aprendendo a se colocar e a se impor como indivíduo no mundo. É natural, que conforme os anos passem, ele obtenha, gradativamente, autonomia. Autonomia para escolher, decidir e se responsabilizar. Na superproteção, esse desenvolvimento da autonomia não acontece. É comum ver pais que infantilizam os filhos, e isso pode ser visto em situações como:
3) Medo excessivo de que o seu filho se machuque brincandoAs crianças precisam brincar. Muitas vezes, inclusive, é através da brincadeira, que elas se relacionam com o mundo. Porém, em algum momento, elas irão se machucar. E isso é completamente normal. Um arranhão daqui, um joelho roxo dali, são coisas absolutamente esperáveis de uma criança. E isso não é o fim do mundo! É claro que os pais precisam estar atentos e devem estipular locais, horários e espaços para a brincadeira das crianças, e dependendo da idade, é muito importante que tudo isso seja feito com a vistoria de um adulto, porém não dá pra exagerar nas medidas preventivas e nos cuidados exagerados. Não dá pra isolar a criança em uma bolha, é saudável que ela tenha contato com outras crianças e também com outros espaços e objetos. Você quer um exemplo disso? Eu! Quando eu era criança, eu vivia com os meus joelhos roxos. Eu caía de roller, de bicicleta e às vezes, caia por nada! Eu gostava de me aventurar, de correr e de explorar. Tenho cicatrizes até hoje em meus joelhos que me rendem boas memórias e adivinhem: eu ainda estou aqui!Crianças são cientistas – Permita-as explorar e questionar!Além do amor incondicional dos pais, do carinho e atenção, as crianças necessitam de critérios claros e consequências para os seus atos. As crianças precisam de limites. Eles influenciam na tomada de decisões, e delimitam o que é direito delas, e o que é direito dos outros. Eles estabelecem uma barreira, do que pode e do que não deve ser feito. As crianças precisam, gradativamente, ter a liberdade de fazer as coisas por si mesmas, de resolver os seus próprios problemas e arcar com as consequências de seus próprios atos. Isso fará com que elas cresçam mais seguras e desenvolvam a capacidade de aprender a partir de suas próprias vivências, inclusive com os seus próprios erros. Se os pais não permitem que a criança se responsabilize por seus próprios atos e tenha a liberdade de agir e errar, ou seja, se eles sempre resolvem os seus problemas ou acabam interferindo para que a criança não sofra a consequência de seus próprios atos, na verdade, eles não estão ajudando. Ao contrário, estão atrapalhando e atrasando o seu desenvolvimento e amadurecimento. Vou dar um exemplo: Chanel* não gosta de fazer os deveres de casa, e para que ela não seja punida na escola, a mãe acaba fazendo os seus deveres. Neste caso, a mãe não está permitindo que a filha arque com as consequências de seus atos para que ela não sofra nenhum dano e não tenha nenhuma punição. A mãe de Chanel não está a ajudando. Pode ser que esteja ajudando se analisarmos as tarefas como algo isolado, mas não no que se refere ao contexto, em si. O que a mãe está fazendo, nada mais é do que reforçar a irresponsabilidade da filha, o que em longo prazo, pode ter consequências desastrosas. Crianças precisam aprender a ser responsáveis e também a lidar com a frustração de precisar fazer o que não gostam. Elas não devem (e não podem) fazer só o que gostam ou só o que querem, simplesmente porque são crianças.Crianças sem limites são adultos sem limites. Não despeje as suas frustrações no seu filho – Permita que ele seja imperfeito!Seu filho não é o melhor. Ele não é o mais bonito, o mais inteligente e nem o mais talentoso. Ele provavelmente não é um gênio, e muito menos, um filho perfeito. E por mais que você o veja desta forma, o mundo não o verá com olhos tão amorosos e admirados quanto os seus – e ao invés de bajulá-lo, você precisa amá-lo e ensiná-lo a lidar com isso, a trabalhar, aceitar e conseguir enxergar os seus pontos fracos, assim como também a impulsionar os seus pontos fortes. Nem sempre ele será o destaque, e por mais que você faça tudo o que estiver ao seu alcance, por mais que você o eduque e lhe dê amor e amparo, ele vai errar. Ele vai falhar e vai te desapontar. E você precisa aprender a lidar com isso. Você não pode se sentir culpado pelas falhas e fracassos do seu filho. Não deve se punir mentalmente e nem se culpar quando o seu filho erra. O erro faz parte do processo, do aprendizado e desenvolvimento.Os erros deles não seu seus. A falha não é sua. Permita que ele se responsabilize!Eu tenho certeza, que ao longo da sua vida, você aprendeu muito com os seus erros, certo? Inclusive talvez mais do que com os próprios acertos. Permita que o seu filho também erre e aprenda com as suas próprias escolhas. Permita que ele mesmo trace o seu caminho! Ande ao lado dele, mas não na frente. Permita que ele escolha o seu caminho. Estenda a sua mão, mas com a suavidade do amparo e não com a brutalidade de anulação do poder de escolha de sua própria trajetória. Dar tudo o que você não teve para o seu filho, pode ser severamente danoso! Quantas vezes você já ouviu algum pai dizendo que quer dar tudo o que ele não teve, para o seu filho? Eu muitas. Obviamente está explícito na fala de pais que replicam esta frase, vários tipos de falta. E por terem uma falta, querem compensar com a presença (física, financeira, etc) na vida do filho. Porém se não dosada, essa presença pode ser “esmagadora”. A superproteção entra aí, muitas vezes, como uma forma de suprir essa falta. E é aí que reside o problema. Pais superprotetores são pais controladores. Superproteção é um excesso de proteção. E o excesso sufoca.Filhos de pais superprotetores frequentemente se tornam inseguros, inquietos ou introspectivos demais, medrosos, com dificuldade de socialização, revoltados ou agressivos. É fundamental dar suporte, apoio, carinho e condições favoráveis para o seu filho, porém controlar ele demais, invadir o seu espaço e tomar decisões por ele, além de causar danos diretos, muitas vezes, o distancia da família (física ou emocionalmente). Tudo isso pode ser evitado com uma proteção cuidadosa, mas equilibrada. Sem o peso de você ter que dar tudo o que não teve, porque talvez as necessidades dele sejam outras. Sem o peso de ele ser o que você não conseguiu ser, ou chegar ao lugar aonde você não chegou. Sem culpa. Sem controle exagerado. Sem obsessão. *P.S.: Seu filho não é uma extensão de você e ele não precisa realizar os seus sonhos ou os seus desejos.*P.S. 2: Todos os nomes e exemplos dados são fictícios. Saiba mais sobre psicologia em curitiba via Blogger Pais superprotetores criam filhos inseguros – Entenda as consequências! Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: Quando o espelho machuca – e porque muitos lucram com a sua baixa autoestima Você está muito magra, deveria engordar um pouco, seu rosto parece uma caveira, parece estar doente. Você está doente? Quem gosta de osso é cachorro”. - "Você é tão bonita de rosto, por que não emagrece? Tem que se cuidar, fechar a boca. Só não emagrece quem tem preguiça e não quer. Já pensou em fazer bariátrica? Ou tomar óleo de coco? Tenho uma amiga que perdeu 10 kg em uma semana comendo normal e tomando óleo de coco, guria! Juro.”. - "Por que você está tão forte? É muita bomba, né? Malha as pernas também, você está parecendo um funil." - “Você é tão magro que parece um frango. Acho que você deveria puxar um ferro de vez em quando.” - "Nossa, você quase não tem peito. Por que não coloca silicone? Hoje em dia, ‘quase todo mundo tem’. Nenhum decote fica bom se você não tem peito”. - "Você é muito peituda! Imagina quando você tiver filhos... Já pensou em fazer redução das mamas? Dá problema na coluna, hein... E fica vulgar usar qualquer decote, chama muito a atenção”. - "Por que você não corta um pouco o seu cabelo? Cabelo até a cintura não está mais na moda, tem que cortar um pouco. Porque sim”. - "Por que você não deixa o seu cabelo crescer? Fica mais feminino, você está parecendo um homem”. - "Acho que você envelheceu um pouco depois de escurecer o cabelo. Cabelo escuro envelhece, sabia?". - "Ahhhh, mas cabelo loiro platinado tem que cuidar muito, se eu fosse você, deixaria a cor natural, que é bem mais bonita. Aliás, o seu cabelo está estranho, já viu que ele está cinza? Parece o cabelo da minha vó...”. - “Mulher, o teu cabelo é muito volumoso, já pensou em fazer uma progressiva? Acho que combina mais contigo”. - “Teu cabelo é liso natural, né? Você não enjoa dele assim, tão ‘escorrido’? Joga ele pro lado, ou passa um xampu a seco pra dar um volumão, sabe? Repartido ao meio eu acho muito anos 90. Mais volumoso fica mais mulherão. Combina mais com você”. P.S.: Todas as falas acima são verdadeiras. Algumas foram direcionadas a mim, e outras, a pessoas próximas e de meu convívio pessoal. E você? Em qual dessas posições você se reconhece? Em qual delas você se encaixa? Qual dessas falas você já replicou ou já ouviu?Você se sente pressionado para “chegar lá” e alcançar um padrão de beleza totalmente irreal e equivocado ou você se sente bem na sua própria pele? Sempre foi assim? Como foi a sua trajetória e o decorrer do caminho, até aqui? Como você se sente na frente do espelho, hoje? Sobre o padrão irreal da beleza - um modo silencioso de destruição em massaOs padrões de beleza foram construídos, reforçados e modificados, e provavelmente continuarão sendo, mesmo que nós não estejamos mais aqui para comprovar tal fato e tais mudanças. O padrão de beleza estipulado e tão almejado atinge uma parcela mínima da população, ou praticamente ninguém. Porque mesmo as mulheres (e homens) que nós consideramos ideais ou superestimamos, na verdade, vendem uma imagem de perfeição. Uma imagem criada, manipulada, “photoshopada”, maquiada, modificada, forjada. De perto, no dia a dia, nu e cru, ninguém é perfeito. Mas sim, o ideal de perfeição precisa ser criado, e mais ainda, ele precisa ser inalcançável, inatingível.Porque enquanto você estiver no processo, buscando, se sentindo feio, se inferiorizando, a indústria permanecerá lucrando.A indústria precisa fazer você se sentir um lixo, pra te vender a “solução”. Um novo procedimento cirúrgico, uma nova dieta com pílulas mágicas que “derretem a gordura”, cremes e procedimentos estéticos caríssimos, medicamentos que deixam os seus cabelos e as suas unhas mais bonitas, novas tinturas e técnicas capilares, etc. O problema não é ser adepto aos procedimentos, devemos nos cuidar e nos sentir bonitos (e acima de tudo, ser saudáveis) – o problema, a meu ver, reside em nos tornarmos refém deles. Quando você se torna refém, você deixa de ser quem você é, para se tornar uma ilusão do que você jamais será.A destruição, nesse caso, é a da autoestima. Do olhar amoroso consigo mesmo. Do reconhecimento das próprias qualidades. É como estivesse estabelecido de uma forma implícita, que você só será bonito quando chegar a um lugar que você fantasiou. Mas esse lugar, na verdade, não existe. Porque você sempre vai querer mais. Você pode ter crises de choro na hora de sair de casa ou achar que nenhuma roupa fica bem em você. Você pode se odiar, pode ter ter vontade de cavar um buraco, se enfiar dentro, e permanecer ali por horas. Pode olhar pra uma pessoa e desejar ter o cabelo igual ao dela, mas não fazer ideia de que tudo o que ela gostaria de ter são olhos iguais aos seus. Sendo um pouco mais drástica, você pode se punir, se sentir um fracasso, ser abusivo (a) consigo mesmo (a). Pode querer fugir, se esconder, pelo simples fato de não se sentir bem na própria pele, ou não se reconhecer em seu próprio corpo. Aliás, você consegue perceber como as coisas já passaram do limite? Nós já aceitamos isso como "normal", afinal, que mulher nunca teve uma crise existencial por causa da insatisfação da aparência, na hora de sair de casa? Eu já, diversas vezes. Mas não, não é normal e não está certo. Só porque muitas pessoas replicam esse tipo de comportamento, não significa que esteja certo. Nunca será certo (e nem normal) odiar ou menosprezar a si mesmo. Em nenhuma circunstância.Enfim, existem muitas variáveis do que pode acontecer. Assim como você também pode despertar e decidir se amar e se aceitar, do seu jeito, da sua forma, com o seu corpo. E isso não significa que você não pode querer mudar o que lhe gera insatisfação, mas o processo de mudança precisa ser um processo de amor consigo e por si mesmo, e não de ódio. Muitas vezes o percurso é mais importante do que o próprio resultado. Em um mundo que tenta te colocar pra baixo, gostar de si mesmo é um ato de revolução!Conheço muitas mulheres, e conheci muitas ao longo da minha vida, e nunca ouvi uma mulher dizer que está totalmente satisfeita consigo mesma, ou melhor, com a sua aparência. Conheci mulheres lindas, de baixa autoestima, que detestavam a sua aparência; assim como conheci outras nem tão bonitas assim, que se sentiam muito seguras e tinham a autoestima quase nas nuvens. P.S.: Estou falando sobre mulheres pelo simples fato de ser mulher, com os homens não é diferente, apesar de geralmente lidarem de uma forma menos “neurótica” com a aparência. É claro que existem os homens metrossexuais e super vaidosos, mas a diferença na quantidade de produtos cosméticos e de procedimentos estéticos, ainda é grande, de um modo geral. Mas o que eu quero dizer com isso é: a autoestima, relacionada à nossa aparência, não tem nada a ver com o que os outros enxergam ou pensam de nós, tem a ver com o que nós vemos e como nos enxergamos e nos posicionamos, frente a nós mesmos, e perante o mundo que nos rodeia. Em outras palavras, uma pessoa considerada "muito bonita", por exemplo, pela maioria das pessoas, não necessariamente terá a autoestima alta. O que vai definir é a forma como ela mesma se vê. Da forma que ela se vê. Porque ela pode não conseguir enxergar a própria beleza, por mais que os outros a vejam. Então, a partir do momento em que nós reconhecemos quem somos, como somos, e conseguimos ver em nós qualidades, pontos positivos, e beleza, nos tornamos menos manipuláveis. Da mídia, das opiniões alheias, do externo, em geral.Se você está bem consigo mesmo, as coisas externas deixam de ter tanto impacto.Ser consciente do mundo que nos cerca, da indústria, da mídia, da moda, bem como das suas intenções, nos permite entender que a realidade do “esteticamente ideal” em que vivemos, de real não tem nada. Você quer fazer diferente e ser verdadeiramente, um (a) revolucionário (a)? Comece por você mesmo. Pela imagem que você reflete e vê refletida no espelho. Na mudança do seu olhar e no julgamento sobre si mesmo. Você é bonito(a)! Aceite!Não importa quem você é, como você é, ou como você gostaria de ser. Você não precisa brilhar. Esqueça o SE (se eu emagrecesse, se eu engordasse, se eu fosse mais alto, se eu fosse mais baixo, se eu não fosse calvo, se eu isso, se eu aquilo), eles não representam como você é (ou como você está) hoje. Aliás, como você reage a um elogio? Aceite! Pare de se colocar tão pra baixo! Você é bonito (a), admirável, charmoso (a), hoje! Não coloque metas para se sentir bem! Decida se sentir bem agora! Você pode ter metas sim, mas de uma forma sadia. Se você conseguir se olhar com amor ao invés de se culpar, se punir e se menosprezar, o caminho percorrido será muito mais leve e prazeroso. Eu sei que não é fácil, eu também tenho as minhas crises, mas hoje consigo reconhecer as minhas qualidades a e a minha beleza, independente dos meus defeitos ou do que eu ainda posso melhorar. Hoje eu consigo aceitar que eu jamais serei perfeita, mesmo que de vez em quando, essa convicção ainda me frustre um pouco.Mas acredite em mim – eu já lutei por um padrão inalcançável e eu só me machuquei por não conseguir chegar lá.Amor próprio vale mais a pena, é mais recompensador, e é real. No final das contas, tudo tem a ver com quem você é. Se você estiver bem consigo, mesmo que você não seja o Brad Pitt ou a Angelina Jolie, a sua imagem refletirá a sua beleza. Vai dizer que você nunca conheceu uma pessoa que considerou lindo (a) e por sua personalidade feia, deixou de achá-la bonita? Ou então conheceu uma pessoa que você considerava feia, mas por ser gente boa, querida, amável, passou a achá-la bonita e encantadora? A nossa imagem é muito mais do que atributos físicos.CONCLUSÃO O padrão de beleza tão pregado e reforçado foi construído e alimentado para que você seja infinitamente insatisfeito consigo mesmo. A indústria lucra com a sua insegurança e sua baixa autoestima. Não seja mais refém! Desperte e ame-se! Você é belo (a)! Saiba mais sobre psicólogo em curitiba via Blogger Quando o espelho machuca – e porque muitos lucram com a sua baixa autoestima Originalmente publicado pela Psicóloga Jóice Bruxel: A minha experiência com a depressão – e o que você pode aprender com isso Depressão é frescura. Você não está doente, você é preguiçoso!Quantas vezes você já ouviu essa frase (ou outras similares)? Quantas vezes você precisou engolir comentários maldosos e totalmente sem conhecimento, de pessoas que acreditam ter certeza, do que elas não fazem a menor ideia? Do fundo do meu coração, eu espero que você que está lendo este texto, não seja uma das pessoas que replicam esse tipo de fala, mas se for, continua lendo, porque você sim está doente e foi picado pelo mosquitinho da ignorância, e pra ser curado meu (minha) caro (a), só com doses cavalares de conhecimento (e alguns "puxões de orelha"). E pra você que não replica esse tipo de frase e também nunca teve depressão, eu recomendo doses extras de empatia... Porque se você ainda não teve ou conviveu (o que eu acho pouco provável), em algum momento você irá conviver com alguém que tenha depressão. E você precisa aprender a lidar com isso. Precisa dar e ser o apoio. Precisa enxergar com olhos amorosos.As pessoas com as quais você convive, também são responsabilidade sua! Você não precisa entender. Precisa respeitar e acolher.Seria muita pretensão da minha/sua/nossa parte, querer que você entenda a depressão do outro, ou os motivos e fatores que o levaram ao adoecimento, mas tenha consciência: você não precisa entender tudo, o mundo não gira em torno de você ou do que é importante pra você – independente do seu entendimento, você precisa respeitar e acolher. Eu ouço e leio comentários absurdos sobre depressão. E além de absurdos, muitas vezes, altamente prejudiciais para alguém que já está fragilizado. E esses comentários surgem de todos os lados, da internet, de pessoas de meu convívio, de amigos, enfim, de pessoas feitas de carne e osso, e em diferentes níveis de instrução. É um bombardeio de “achismos” totalmente equivocados, e frente a isso eu não posso mais me calar, e é justamente por isso que estou escrevendo este texto. Pra dizer pra você, que tem depressão, que eu te entendo! E pra você que não valida sentimentos, doenças, e modos de ser e estar, alheios, que você precisa urgentemente ampliar o seu olhar e pesquisar sobre o assunto.Depressão NÃO é falta de Deus!Se a cada vez que eu ouvisse isso, eu ganhasse um real, eu provavelmente já estaria com uma bela poupança. E não, depressão não é falta de Deus. Independente da sua crença, não caia nesse mérito. Depressão é uma doença (ou um distúrbio afetivo), que implica diferentes fatores: social, químico e biológico. Você leu a parte do químico, certo? Existem diversas evidências que comprovam alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido. Esse tipo de fala não ajuda ninguém. Se você crê em Deus, suas ações devem ser correspondentes... Seja você um representante de Deus para o outro. Praticar a empatia, acolher, aceitar incondicionalmente é um bom começo. Quando você tiver vontade de falar pra alguém com depressão que ela precisa de Deus, substitua a sua fala por um abraço! Represente Deus! Aliás, Deus é amor e não julgamento, certo?A minha experiência com a depressãoUé, Jóice. Mas você é psicóloga, e já teve depressão? Como assim? Sim. Eu tive depressão na adolescência. Fiz acompanhamento psicológico e medicamentoso. E é o que eu indico. Psicoterapia aliada ao uso de medicamento (quando necessário) é importante. O medicamento pode agir no “sintoma”, é mais imediato, mas a psicoterapia age na causa. No fundo. No que você, muitas vezes, mantém guardado em um bauzinho velho, dentro do seu coração, da sua alma e da sua mente, pra não ter que lidar, pra não ter que encarar. Porque dói. Enfrentar dói. Mas é importante. É preciso.Pra você se tornar o seu melhor, você precisa aprender a lidar com o que você tem de pior.A dor tem um papel fundamental em quem nós somos. Lidar com a nossa dor é lidar com a verdade, e a verdade nos liberta, rompe as nossas amarras, nos permite chegar ao fundo do poço, para nos tornarmos inteiros novamente. Eu descobri a minha depressão quando cheguei ao fundo do poço, porque eu não tinha alguns dos sintomas mais comuns, como por exemplo: humor depressivo, desânimo, ausência de sentido na vida, dificuldade de concentração. No meu caso, os sintomas predominantes eram a irritabilidade, ansiedade, desinteresse pelas coisas que antes eu gostava e eram importantes pra mim. Outra coisa que eu tinha muito, de uma forma muito intensa (inclusive fiz vários exames na época), eram pontadas na cabeça. Pontadas avassaladoras, que quase me faziam desmaiar de tão intensas. Aos poucos, todas as cores me pareciam cinza. A alegria, a risada que eu sempre tive, permaneciam, mas de uma forma forjada. De fora, pra fora. E não de dentro, pra fora. Faziam parte só na aparência. Porque eu tentava fazer de conta que estava tudo bem, tentava acreditar nisso, inclusive. Eu achava que ia passar, que era algo momentâneo. Eu segui essa linha até que eu não consegui mais suportar e desmoronei. Eu vivia irritada, dava uma proporção gigante para coisas que antes, eu não daria importância alguma. Tudo me afetava profundamente. Mas eu achava que era por causa da adolescência, porque eu sempre ouvia falar que adolescentes eram “aborrecentes”, então, eu achava que até aí, estava tudo normal. Eu cheguei ao fundo do poço e teve uma hora em que eu precisei de ajuda.Tive a sorte de ter pais amorosos, acolhedores e carinhosos que me acolheram e me compreenderam, que validaram os meus sentimentos, e procuraram ajuda especializada. Sem cobranças, sem preconceitos, sem imposições. Porque pra quem via de fora, eu não tinha motivos. Que audácia seria uma menina como eu, que sempre teve tudo, sempre teve amor, cuidado, amparo, saúde, ter depressão, certo? Errado. Para ter depressão basta ser humano. Obviamente os meus sofrimentos não eram tão terríveis quanto muitos sofrimentos alheios, mas eram meus, e eu não consegui lidar com eles, na época. O que pra mim foi muito doloroso, talvez você "tirasse de letra". Assim como o que pode causar extremo sofrimento pra você, talvez, nem me afete. Tenha sempre em mente: Não há como mensurar o sofrimento alheio!Essa é outra fala que replicam por aí... “Há tanta gente pior que você, você tem tudo, deveria agradecer pela vida que tem”. Blá, blá, blá. Eu sempre fui grata, e sou mais grata a cada dia que passa. Depressão também não tem a ver com gratidão Existe possibilidade de melhora!Ah, você quer saber como eu estou hoje? Eu estou bem, obrigada. Tão bem que eu dedico a minha vida a ajudar as pessoas a enfrentarem os seus obstáculos. Obviamente eu tenho dias tristes, mas tristeza é diferente de depressão. A tristeza é um sentimento natural e legítimo, além do mais, só conhecemos a alegria por causa da tristeza. Tristeza não é o problema, o problema é paralisarmos nela, permanecermos tristes.Para sermos inteiros, precisamos nos permitir doer.Aprender a lidar com os nossos sentimentos é sadio, não reprimir o que você sente e ser fiel ao que você sente é importante. Independente do diagnóstico, somos todos seres humanos, necessitados de amor, de acolhimento, de carinho e empatia. Há possibilidade de melhora. E muita possibilidade. O primeiro passo é buscar ajuda. Ignorar o que te falam, deixar pra lá os “achismos” alheios. Nós não damos conta de tudo, o tempo todo. Ser forte não é dar conta de tudo, ser forte é conhecer os nossos limites. E todos nós temos. Não ultrapasse os seus limites. Peça ajuda antes!Existem pessoas que podem te ajudar, você não precisa enfrentar isso sozinho! Uma pessoa com depressão não precisa de motivação, ela precisa de acolhimento e empatia!NÃO adianta falar pra uma pessoa com depressão nenhuma das frases a seguir: “você precisa se ajudar”; “você precisa sair de casa”; “você tem que se esforçar”; “você não é mais a mesma”; “você tem que pensar positivo”; “você precisa levantar da cama”; “você deveria sair um pouco”. Entre tantas outras similares. O fato é: uma pessoa com depressão não precisa de um incentivador ou motivador emocional. Ela sabe que deveria sair de casa, deveria sair da cama, se arrumar, comer, tomar banho, enfim, fazer as coisas como sempre fez, mas a questão é que ela não consegue! É como se ela tivesse “amarras” invisíveis. Independe da “força de vontade”. Porque muito provavelmente ela não tenha mais força. Aliás, você acha mesmo que alguém escolhe ficar assim? Depressão não é legal. Não é romântico. Não é preguiça e nem algo "da moda" (como eu já ouvi pessoas falando). Falas como as que eu citei acima, podem empurrar a pessoa mais pra baixo do que ela já está. Você quer fazer com que ela se sinta mais impotente frente a própria vida ou quer mesmo ajudar? Você está preocupado com ela ou só está frustrado por ela não corresponder às expectativas que você tem sobre ela? Ao invés de falar isso, mesmo que as suas intenções sejam ótimas, tente praticar a empatia. Acolha, abrace, ouça. Pergunte como ela se sente. Ouça mais do que fale. Estenda a mão. Ofereça ajuda e tente pensar com ela alternativas de ajuda. O que eu acho fundamental? Psicoterapia. E em alguns casos, acredito na importância do tratamento medicamentoso, em paralelo. CONCLUSÃO Cada caso é um caso. Cada ser é um ser. Não meça o outro pela sua própria perspectiva e percepção. Tente enxergá-lo através do ângulo dele mesmo. Tente se colocar no lugar do outro. Pratique a empatia! Para ampliar a sua visão, sugiro também a leitura do meu artigo sobre suicídio.Saiba mais sobre psicólogos curitiba via Blogger A minha experiência com a depressão – e o que você pode aprender com isso Artigo escrito pela Psicóloga Jóice Bruxel: Perdoar não é esquecer: é se livrar de pesos que não são seus e seguir em frente Você tem o hábito de perdoar ou é um colecionador de mágoas, daquelas pessoas que vivem revivendo fatos/sentimentos/decepções? Aliás, você sabe o que é o perdão? Como você o define e como você o pratica? Você acha que o perdão tem a ver com você, ou com o outro? Neste texto, eu darei uma opinião pessoal sobre o assunto. O perdão não é livre de consequências!Muito se fala em perdoar, mas acredito que existam muitos significados particulares para o tal chamado “perdão”. Eu particularmente não consigo ver o perdão como uma forma de amnésia momentânea. Perdoar não é esquecer. Perdoar é aprender a lidar, é deixar de gastar tempo e energia com fatos e pessoas que não valem a pena, é seguir em frente e se livrar de pesos desnecessários e que não são seus. Sempre me incomodou muito (e ainda incomoda) a visão de que se você perdoa uma pessoa, você precisa manter ela por perto ou na sua vida. Obviamente vai depender do que aconteceu, do vínculo, da importância e de o que esta pessoa representa pra você, mas de forma geral, se uma pessoa te causou danos, eu não considero nem saudável manter essa pessoa por perto. É claro que existem situações corriqueiras de convívio, e eu não estou me referindo a elas. Estou falando do que é danoso, de pessoas danosas. Pessoas que só de frequentar o mesmo ambiente poluem, intoxicam. Existem pessoas que nos magoam, nos traem, que tramam e trapaceiam para nos prejudicar de muitas formas, e eu acredito que muitas vezes, o mais saudável é se manter distante. Completamente. Contato zero.Pessoas tóxicas intoxicam. Manter contato com pessoas tóxicas é como ser fumante passivo – você acaba inalando a fumaça e se intoxicando, também.Ficar (e permanecer) longe não é egoísmo, é preservar a sua própria saúde mental. Porque sim, você sabe que se ficar por perto, vai acabar sendo um alvo. E em algum momento vai querer revidar, porque por mais controlado, espiritualizado (ou seja lá que nome você quer dar para isso), você seja, você não tem sangue de barata, e em algum momento pode se deixar levar pela emoção. Se afaste de quem te tolera! Fique perto de quem gosta da sua companhia!Não importa se é seu parente, parente do seu cônjuge ou seu ex melhor amigo de infância, a regra é simples: se você está em um ambiente em que você não é querido, e sim, apenas tolerado, mova-se e vá para outro lugar! Com certeza existem pessoas que fazem questão da sua companhia! Passamos muito tempo tolerando pessoas, seja na faculdade, no trabalho, no dia a dia. E obviamente não vamos amar todas as pessoas que nos rodeiam e gostar da personalidade de todas elas. Isso é normal. Não precisamos gostar de todos, precisamos apenas, respeitar a todos. Mas quando você pode escolher, na sua vida particular, você não precisa ser tolerado e nem tolerar a presença de ninguém. Você pode escolher ficar perto de quem soma, trata bem, faz questão da sua presença. A vida é curta demais para gastar tempo e energia com pessoas com quem não simpatizamos e não simpatizam com nós.E o que o perdão tem a ver com isso? Perdoar não significa querer manter por perto!Eu, por exemplo, perdoei todas as pessoas que me fizeram muito mal, ou me causaram danos, mas não as mantenho por perto. Porque existem pessoas que me fazem bem e somam. Ao contrário delas. E provavelmente até o final da minha vida existirão mais pessoas nessa lista, dos excluídos. E eu não hesito em deletar. E isso não tem a ver com intolerância. Porque nenhuma das pessoas que eu deixei pra lá foi por algo corriqueiro, e sim por coisas graves. Questões de caráter e de índole. E essa, pra mim, é a grande cereja do bolo: A atitude de uma pessoa, muitas vezes, é só a consumação de um ato que foi tramado há tempos em sua mente e seu coração.Você pode perdoar o ato de uma pessoa, mas mesmo que o seu perdão anulasse aquele fato, ela não anularia a índole e o caráter alheio. Ou seja, é muito além do que a pessoa faz, tem a ver com quem ela é! O perdão não tem nada a ver com o outro, tem a ver com você. Perdoe e seja livre!Perdoar a outra pessoa, talvez seja uma forma de se desligar dela. É como se você rompesse o fio que liga vocês dois. É se permitir seguir em frente sem levar pesos que não são seus. No final das contas, as mágoas prejudicam a nós mesmos. Uma coleção de mágoas pode nos tornar pessoas amarguradas, frias, incrédulas. Elas nos corroem, levam o brilho dos nossos olhos, a nossa esperança, a nossa fé. Mágoas são bichinhos que vão crescendo e quando alimentadas, podem tomar proporções gigantescas. E adivinha quem “paga o pato”? Você. Eu. Nós mesmos. Pagamos por algo que não plantamos, simplesmente por não conseguir nos desvincular de nossas mágoas. Esse é outro fator importante: Não nos apegarmos às nossas mágoas.Porque se as alimentamos, criamos vínculos com elas. E se há vínculo, há força.As coisas por si só não tem importância, nós é que damos importância para elas. O ideal é colocar energia no que faz bem, no que te move, te acrescenta e te alegra. Gosto muito de uma frase do Jean Paul Sartre que diz o seguinte: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.”CONCLUSÃO E para finalizar, deixo duas perguntas para autorreflexão: O que você tem feito com o que fizeram de você? Você tem perdoado e seguido em frente, ou tem canalizado as mágoas contra você mesmo? Saiba mais sobre psicólogo curitiba via Blogger Perdoar não é esquecer: é se livrar de pesos que não são seus e seguir em frente Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: Vínculos familiares não são necessariamente de amor – Um relato real Um breve relato sobre uma história de não amor real:Vou começar este texto relatando um desabafo. O nome utilizado aqui é um nome fictício, para a preservação da identidade de minha paciente (que permitiu que eu escrevesse este texto). Fernanda, em uma das nossas sessões, muito ansiosa e desconfortável, trouxe uma questão, que segundo ela, estava engasgada em sua garganta há muitos anos: o fato de não sentir amor pela mãe. Vou relatar o relacionamento com a mãe de forma breve, apenas para contextualizar: Fernanda não conheceu o pai, após nascer, sua mãe a deixou com a avó, pois queria curtir a vida e a juventude, e acreditava que isso não era possível ao lado da filha, pois a considerava um atraso de vida. Ela não foi desejada por sua mãe, mas foi desejada por sua avó, e inclusive foi a avó que não permitiu que ela fosse abortada. Fernanda passou muitos anos sem ver a mãe (que estava se aventurando pelo mundo afora), sem nenhuma notícia de seu “paradeiro”. Até que um belo dia, quando já tinha treze anos, sua mãe apareceu. Fernanda conta que em um dia de inverno, enquanto a sua avó preparava um chocolate quente para ambas, tocou a campainha de uma forma “impaciente” e “escandalosa”. Ela prontamente foi atender, e quando abriu a porta viu uma mulher, maltrapilha, chorando muito e a chamando de “filha”. Imediatamente, Fernanda chamou a sua avó (a qual chamava de mãe), que também caiu em prantos ao ver “aquela mulher” que estava na porta. Era de fato, a mãe de Fernanda. A mãe de Fernanda estava com uma aparência suja, com um odor forte por não tomar banho há dias. Ela estava sem nada, de mãos vazias. As suas posses eram somente a dor e o arrependimento. A avó chamou a mãe de Fernanda para entrar, e imediatamente a encaminhou para o banho. Após sair do banho, com roupas emprestadas e improvisadas, ela abraçou a filha e chorou desesperadamente por alguns minutos, que para Fernanda, mais parecerem uma eternidade. Fernanda relata ter, naquele momento, enquanto estava envolta por aquele abraço, se sentido confusa, com nojo, com raiva, com pena. Não conseguia identificar os sentimentos, era um misto de tudo, mas ao mesmo tempo, de nada.Era um abraço apertado, porém vazio.Após este dia, muitos dias se passaram. Na verdade, anos. Sua mãe passou a morar na mesma casa, mas soando com uma completa desconhecida. Esta se dizia arrependida de suas escolhas e decisão de abandono, contou histórias horrorosas de relacionamentos abusivos que teve ao longo daqueles anos, de violência, envolvimento com drogas e prostituição. Mãe e filha se aproximaram, aos poucos e conviviam de uma maneira razoavelmente tranquila. A mãe de Fernanda foi retomando a vida aos poucos, sendo que estava emocionalmente estraçalhada e financeiramente falida. Começou do zero, mas conseguiu dar a volta por cima. Fernanda, a mãe e a avó moraram juntas até Fernanda sair para morar com um rapaz, aos 19 anos. Elas mantinham contato, mas o alicerce desse contato era a avó, e após o falecimento da avó, 6 anos depois, mãe e filha deixaram de se ver e se falar com frequência. Fernanda diz que se sentia pressionada, sufocada com as cobranças de amor e de carinho da mãe. Ela relata ter a perdoado, mas diz que nunca conseguiu ver nela uma figura materna, pois o vínculo materno dela era somente com a avó, ou "mãe de criação", como ela mesma a chamava. Por não conseguir suprir os desejos da mãe, e por isso causar extremo sofrimento e de uma certa forma, até, culpa, ela optou por se afastar. No presente, 10 anos de pouco contato com a mãe, Fernanda diz não conseguir amar a sua mãe e se sente culpada por isso. Diz que a falta de amor pela mãe é um tormento que ela não consegue superar. É um fantasma, algo que de vez em quando, volta para assombrá-la. Ela acredita que por ser a sua mãe, sangue do seu sangue, a mulher que a gerou, deve amor a ela, mesmo tendo sido rejeitada por ela. Mesmo, segundo ela, ainda carregando o peso da rejeição, quando olha em seus olhos ou sente o seu abraço. Fernanda não sente amor pela mãe, não sente carinho e nem quer ter ela por perto. Existe na verdade, uma ausência de significado em relação a sua mãe. Tudo o que ela consegue sentir, é saudade e falta de sua avó. Mas ela sente culpa. Se sente negligente. Porque muitos dizem que ela deveria amá-la, porque afinal de contas, ela é a "mãe" dela. Vínculos são construções. Não se culpe por não amar!Este breve relato eu estampei para que você pudesse visualizar e tirar as suas próprias conclusões, e também fazer os seus próprios questionamentos sobre a questão do vínculo. O que você precisa ter em mente é:Se você não ama algum parente seu, não se culpe! Laços sanguíneos não são, necessariamente, laços de amor.E não há nenhum problema nisso! O amor não é um sentimento, ou estado de transe, o amor é uma construção. Nós não nascemos emocionalmente vinculados aos nossos pais, aos nossos filhos ou com qualquer membro familiar, nós criamos vínculos no decorrer de nossa existência. Ou não criamos. Simples assim. Se não criarmos vínculos emocionais, ou melhor, se não construirmos vínculos e estes não se solidificarem, a questão sanguínea pouco importa. Há uma ligação, obviamente, mas apenas uma ligação genética. Neste contexto, a questão biológica não tem nada a ver, propriamente, com o amor. Se quem te gerou não se envolveu emocionalmente com você e construiu um vínculo afetivo, sólido, forte, incondicional, de amor, de respeito, e de carinho, é muito provável que você não ame esta pessoa, e por mais que isso pareça assustador, é natural. Vejo filhos que não amam pais, vejo pais que não amam filhos, vejo famílias que se toleram e que carregam dores veladas de não amor pela eternidade. É preciso enfrentar. Não se culpar é um bom começo. Nem sempre amamos quem está do nosso lado, nossos pais, nossos irmãos, nosso “sangue”, porque em primeira e última instância, o desejo de todo ser humano é ser amado. Se não somos amados, não amamos. Todo e qualquer vínculo é bilateral. Vínculo implica necessariamente, reciprocidade.Não tem como se vincular com o nada, aonde não existe nada do outro lado. Uma ponte, por exemplo, precisa de dois lados para ser construída. Assim é também o vínculo. Se não existem dois lados, não há possibilidade de ligação. Não é preciso amar todas as pessoas, é preciso reconhecer quem você ama de verdade!Outra pessoa me falou há uns dias atrás: “fulana é minha irmã, mas é estranho, é como se eu não conhecesse ela, porque eu não tive muito convívio com ela, não sei muita coisa sobre ela e nem ela sobre mim”. O engraçado é que essa pessoa verbaliza que ama a irmã que admite nem conhecer.Como amar o desconhecido, sendo que o que você desconhece não possui valor significativo em sua vida? Como se vincular a alguém que não significa nada?Talvez amar seja uma pressão social, e é por isso que o amor anda tão banalizado. Porque nos forçam a sentir, mesmo quando não existe mínima relação de convívio para isso. Quando não existe construção. Quando não existe nada. Dizem que você tem que amar a sua família, independente de tudo, por carregar no seu corpo o sangue e a genética, porque não querem te falar que muito provavelmente você não ame quem te abandonou, quem não te amou, quem não te protegeu, quem te rejeitou, quem não se importou com você e quem não fez parte da sua vida, de uma forma ativa e incondicional. Eu acho pouco provável a possibilidade de amar alguém que nunca esteve ao seu lado e nunca foi disponível pra você, ou que causou dor ou danos irreversíveis. Que lhe feriu, machucou, ignorou. Não se sinta culpado. Você não precisa carregar este fardo e também não precisa amar a todos. Esse amor generalizado é fantasia. É fantasioso. Lembre-se: o vínculo e o amor são construções e sempre dependem de dois lados. O seu sangue, por si só, não carrega amor! P.S.: E agora, você se sente um pouco mais aliviado? P.S. 2: Se este texto lhe soou familiar, considere fazer psicoterapia! Saiba mais sobre terapia curitiba via Blogger Vínculos familiares não são necessariamente de amor – Um relato real Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: Não reprima os seus sentimentos: chorar é para os fortes! Frieza, insensibilidade, falta de empatia. Egoísmo, egocentrismo, frustração, amargura. Medo, ansiedade, angústia. Corações partidos e esgotados de muitos vazios. Tempos modernos. Falta de tempo. Vida. Morte. Morte em vida. Vida insensível. Invisível. Soa familiar, pra você? Eu tenho certeza que você consegue relacionar muitos aspectos que eu citei acima com muita gente, inclusive com você mesmo. Mas já que estamos falando sobre você, eu gostaria que você refletisse e respondesse para si mesmo: alguém já lhe mandou engolir o choro? É bem provável que a resposta seja “sim”, e se você for homem, a probabilidade é maior ainda. Porque obviamente, homem que é homem não chora, não é mesmo? Se você achou que eu estava falando sério, me perdoe por lhe desapontar, mas homem que é homem chora sim, chora mesmo, tem alguns, inclusive, que quase desidratam de tanto chorar. Assim como muitas mulheres. Eu, por exemplo, sou uma chorona de carteirinha! P.S.: Aliás, eu não conheço nenhum homem que não seja homem, nunca vi um homem dinossauro, homem periquito ou homem qualquer coisa que não seja "homem - homem". Então, vamos abolir de uma vez por todas esse conceito de “homem que é homem”, porque isso soa no mínimo, como uma expressão preconceituosa e totalmente sem sentido. Enfim, seja você homem ou mulher, não importa, o que importa é que você é um ser humano; e sendo humano, é possível que você também já tenha reprimido o choro alheio e até o seu, e eu lhe convido a pensar sobre isso, sobre o real motivo dessa repreensão: Por que não chorar? Por que não se permitir expressar/externalizar o que você sente? Por que essa necessidade de parecer insensível? Para onde foram as lágrimas que você engoliu? Elas foram em direção ao seu coração e se petrificaram? Ou você ainda carrega o peso de todas elas? Chorar faz bem, alivia a tensão e o estresse, nos liberta de pesos e de sentimentos desnecessários.Chorar pode ter efeitos analgésicos, pois o choro libera oxitocina, adrenalina e noradrenalina (hormônios responsáveis pelo bem estar). Ou seja, isso significa que provavelmente após chorar, você irá se sentir melhor, menos ansioso e automaticamente, mais relaxado. Chorar não tem nada a ver com fraqueza! Em um mundo de tiranos, para se permitir sentir, você precisa ser forte!Vivemos em tempos de inversão de valores e eu acho que isso não é novidade pra ninguém. E no que se trata de sensibilidade, também não é diferente. Em uma sociedade totalmente adoecida, o “bom”, o “bonito”, o “ideal” é quem menos sente, é quem demonstra menos interesse, é quem pratica mais a insensibilidade. Até nos relacionamentos, muitas vezes, a pessoa que menos sente ou a que não sente nada (ou não demonstra), é quem está, aos olhos de muitos,“por cima”. E o egoísmo impera. Porque no final das contas, o que muitas vezes é pregado é que você tem que se importar somente com você, mas na verdade, você também é responsável pelos danos que você causa no outro por livre e espontânea vontade. O outro também é responsabilidade sua/minha/nossa! Existe uma ideia totalmente equivocada que associa sensibilidade com fraqueza. Mas para ser sensível, meu (minha) querido (a), é preciso ser muito forte!Quando você se mostra sensível e pratica a sensibilidade, quando você sente, você se expõe. Para se expor, você precisa abdicar do medo. Você não pode ser covarde. Ao contrário, você precisa, ser, necessariamente, forte.Ao contrário do que muitos pensam, sentir é para os fortes, os menos fortes passam a vida fugindo de sentimentos e criando mecanismos de defesa, como forma de autoproteção. Geralmente por medo ou por baixa tolerância à frustração. Engolir o choro, desse ângulo, não me parece ser a melhor opção. Precisamos aprender a administrar o que sentimos. Precisamos nos permitir sentir e aprender a identificar o que sentimos.Só uma pessoa com um bom nível de autoconhecimento consegue identificar os seus sentimentos. Muitas pessoas só sabem que estão bem, ou não estão. Não conseguem identificar o que sentem. Comece a sentir, mude a sua percepção. Quando algo lhe incomodar observe a si mesmo, como você se sente? O que você sente? Em qual parte do corpo você sente? Tente identificar. Da mesma forma quando você estiver “feliz”. Quais outros nomes você pode dar para felicidade e tristeza, quais são os sentimentos possíveis em ambos os “estados”? É um exercício bacana! Eu pratico muito! Sempre podemos nos conhecer mais, aprender mais sobre nós mesmos, sobre as nossas verdades! E conhecimento da verdade é libertação! Um olhar sensível ao comum. Eu, eu mesma, sensível, chorona, e forte!Você deve ter visto que o meu slogan é: “Um olhar sensível ao comum”, e um dos meus objetivos com esse projeto é fazer você enxergar as pessoas e o mundo ao seu redor, guiado pelos meus olhos, mas através do seu próprio ângulo, de uma forma mais sensível. Quando iniciei esse projeto, eu conversei com algumas pessoas próximas sobre a mensagem e o conceito do slogan e o feedback de algumas foi, nada mais, nada menos, do que relacionar sensibilidade com fraqueza! Não vou repetir tudo o que eu já falei acima, só estou dando o meu exemplo particular para estampar o quanto é real essa ligação. E o quanto é equivocada. Eu sou chorona, tenho os meus sentimentos e os meus sentidos à flor da pele. Mas eu sou forte.A minha força consiste justamente em ser e sentir. Só sou porque sinto, e sinto, muito!Eu me sinto aliviada depois de chorar, depois de “colocar pra fora” o que me entristece, me enfurece e me comove. Chorar me torna forte. Faz eu me sentir viva. Sensível. Humana. Se permita sentir! Seja sensível a você mesmo e também ao outro!Se permita sentir! Você não é fraco, sentir não é feio, é real, é intenso, é vida! Se sentir vontade de chorar, chore; se sentir vontade de sorrir, sorria; se desbloqueie, se sinta! Não se reprima! A vida fica mais leve quando você aprende a entrar em contato consigo mesmo! Que tal fazer o teste? Você topa?Saiba mais sobre psicologia em curitiba via Blogger Não reprima os seus sentimentos: chorar é para os fortes! Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: O lado B da agressão – Mulheres contra mulheres! Muito se fala em agressão, nos dias de hoje. Agressão física, verbal, moral, emocional, não importa. Ou melhor, importa (e muito), e é justamente por isso que o tema vem ganhando cada vez mais espaço, à medida que muitas pessoas agredidas estão ganhando voz e sendo encorajadas a não mais se calar. Tanto profissionalmente, como pessoalmente, frequentemente ouço relatos dos mais variados tipos de agressão. Alguns casos chegam até a dar um nó no estômago. Porque não, não é (e nunca será) fácil lidar com o sofrimento humano. Às vezes ouço alguns relatos tão revoltantes que quase penso em desistir das pessoas, mas aí eu lembro que existem pessoas que precisam de mim e precisam de ajuda, e então eu simplesmente sigo em frente. Por amor, fé, e uma pontinha de esperança. Uma das coisas que eu percebo que é comum em muitos destes casos é a culpabilização de quem é agredido, como se o agressor só tivesse agredido porque a ação do outro (da vítima, no caso), tivesse lhe dado este direito. Entenda: não importa o que o outro faça, um agressor sempre é o responsável por agredir. Não tem como justificar o injustificável.Frases como “você começou”, “você provocou”, “você é louca”, “essa é só a minha reação”, costumam ser bem comuns. E sim, em uma briga ou discussão, por exemplo, duas pessoas se alteram e muitas vezes se exaltam, mas nada, absolutamente nada, justifica uma agressão. Partiu pra agressão, perdeu a razão. Simples assim. Sobre as agressões sutis que nós, mulheres, sofremos no dia a dia... De outras mulheres!Há um tempo, conversando com uma pessoa próxima sobre agressão, relacionamentos tóxicos e afins, eu lembro que eu trouxe o seguinte ponto: as agressões sutis que eu já sofri de mulheres. Por diversas vezes, eu já me senti agredida por mulheres, assim como também já presenciei mulheres agredindo mulheres. Mas sim, eu também tenho a minha parcela de culpa por na ter feito nada a respeito, mas até então, eu achava que “essas coisas faziam parte”, que “ok, era melhor ignorar e deixar pra la”. O mais absurdo disso tudo, é que normalmente esse tipo de agressão acontece em situações corriqueiras, e muitas vezes, passa despercebido. Mas isso não anula o fato de estar errado.O errado continua sendo errado mesmo quando as pessoas não se dão conta, ou quando muitas estejam fazendo.Sendo que algumas das definições de agressão, segundo o dicionário são: “comportamento destrutivo relacionado à outra pessoa”; “ato de hostilidade, provocação”; “ataque a integridade física ou emocional de alguém”, entre outras definições, eu definitivamente, já me senti agredida por mulheres em diversas vezes e ocasiões. Eu já me senti agredida por mulheres que inventaram mentiras e espalharam fofocas ao meu respeito; já me senti agredida quando mulheres me constrangeram por causa da minha aparência física, com comentários maldosos sobre eu estar sempre de salto alto, usando maquiagem e segundo elas, sempre “muito arrumada”; já me senti agredida quando mulheres por sentirem necessidade de se comparar a mim, tentavam, a todo o custo, me colocar pra baixo, com a finalidade de alimentar o seu próprio ego, me menosprezando ou falando coisas pra “minar” a minha autoestima; já me senti agredida quando cheguei em algum lugar não familiar e claramente percebi grupinhos de mulheres olhando pra mim e falando sobre mim, me analisando de cima a baixo, de todos os ângulos possíveis. Eu já me senti agredida por mulheres verbalmente, e inclusive já fui agredida fisicamente por uma pessoa que eu considerava muito minha amiga. E sim, relacionamentos tóxicos de amizade também existem! Já presenciei mulheres sendo maldosas, inventando mentiras, sendo extremamente falsas, dissimuladas e fakes umas com as outras, porque ainda vivemos como se fôssemos todas inimigas. Vivemos como se tivéssemos a necessidade de ser melhores do que as outras, mais bonitas, mais inteligentes, e com mais sucesso. Vivemos também na ilusão de que todos os atributos citados acima sejam mensuráveis e de que talvez possuindo mais virtudes do que as outras, sejamos mais propícias ou mais dignas de receber amor. Acredito que no final das contas, essa seja a finalidade maior: a necessidade de ser amada.E talvez quanto mais competitividade, menos amor sobre. Menos amor exista. Mais falta se multiplica. Já vi mulheres culpando mulheres por serem agredidas, como se estas não fossem dignas de respeito, só por serem diferentes e terem opções de vida e ideias distintas. Já ouvi mulheres desmerecendo mulheres ou as julgando menos capazes, inteligentes, astutas, por serem mulheres. Não consigo entender porque muitas, ainda hoje, pensem desta forma. Enxergam as outras como concorrentes, competidoras, rivais. Quer dizer, consigo entender, mas não compreender. De qualquer forma, é cultural. Os “concursos de beleza” estão aí para provar isso. Desde pequenas aprendemos que precisamos nos destacar pela beleza, aliás, mais pela beleza do que por qualquer outra coisa. Como se essa fosse a coisa mais importante de todas. Mas eu lamento informar: não é!Aliás, beleza pra quem? Quem é o espectador? Eu sei que existem questões sobre beleza que são universais, mas o meu conceito de beleza tem muito mais a ver com os olhos de quem vê, do que com a pessoa que é bela, em si. Existem muitos tipos de beleza, quem sou eu pra definir o que é belo? Quem é você? Podemos definir o que é belo para nós mesmos, perante a nossa perspectiva, gostos, achismos, etc. Existe uma rivalidade feminina velada, aonde quer você esteja. Em alguns lugares mais, em outros menos. Depende do ambiente e de quem são as fêmeas frequentadoras. Mulheres: uni-vos! Nós não somos rivais! Se somos semelhantes, devemos ser também, aliadas!Acredito que as coisas estejam melhorando neste sentido. Algumas de nós já praticam a empatia, o companheirismo e a quebra dessa visão de rivalidade com todas as outras mulheres do mundo. Muitas toleram somente as que pensam como elas, se vestem como elas, possuem as mesmas visões sócio-político-culturais e participam dos mesmos movimentos que elas, mas isso não é tolerância, é intolerância mascarada de luta por uma causa específica. No final das contas, lutar só pelo que se acredita é egoísmo, temos que lutar por todas nós, mesmo discordando de grande parte das mulheres, a luta tem que ser por todas. De qualquer forma, ainda há muito caminho pela frente. É uma mudança de paradigma, de perspectiva e também cultural.Não adianta defender umas e atacar outras! Todas merecem respeito!P.S.: O sucesso de uma mulher jamais deveria ser uma afronta pessoal para as outras mulheres. Precisamos reconhecer o que a outra mulher tem de bom, as suas qualidades, os seus pontos fortes e positivos. Sem comparações. Sem inveja. Sem aquela vontade interna de que a outra se ferre ou que dê tudo errado pra ela, para que assim, nos sintamos um pouco melhores e confortáveis em nossa própria pele. E você, não permita ser agredida e não agrida! Não adianta falar de agressão se você também agride, nem que seja sutilmente! Não agrida outras mulheres por pensarem/viverem/se vestirem/agirem de forma diferente de você. Tenha empatia. Respeite. Estenda a mão, sempre que puder. Não se cale, mas também não provoque o silêncio alheio! Todas nós devemos ter voz, e com certeza juntas, seremos mais ouvidas! Uni-vos em vossas diferenças!Saiba mais sobre psicóloga curitiba via Blogger O lado B da agressão – Mulheres contra mulheres! Artigo produzido por Psicóloga Jóice Bruxel: Como você reage a um elogio? Olá! Que bom que você está aqui! Obrigada pela sua presença! E sim, eu sabia que você viria! Mais cedo ou mais tarde. Sim, você! Você mesmo! Sabia que você é uma pessoa incrível, cheia de qualidades e dons? Sabia que o seu sorriso é capaz de alegrar uma multidão de pessoas rabugentas em plena segunda de manhã? Sabia que os seus olhos e o seu olhar, são capazes de transmitir uma mensagem que pode salvar os dias (ou vidas) alheios? Sabia que o seu abraço é tudo o que alguém no mundo precisa, para ter força e coragem de seguir em frente? Você deve estar se perguntando como eu sei quem você é. E se queres saber a verdade, eu não sei. Mas sei que você merece muitos elogios, porque você com certeza têm muitas virtudes e muita garra, para estar aqui e conseguir permanecer neste mundo. Como você se sente agora, sabendo que você é especial e que assim como eu, existem outras pessoas gratas pela sua existência? Você consegue lidar com a importância de ser você mesmo? Pare de se menosprezar e assuma as suas qualidades!Eu gosto de elogiar as pessoas, tenho o hábito de ressaltar as qualidades e pontos positivos de cada pessoa com a qual eu convivo. E foi isso que me fez escrever este texto: a reação da grande maioria delas. Muitas pessoas não sabem receber um elogio. Não sabem o que fazer com ele. Não sabem como agir, ficam “sem jeito”, e muitas vezes, respondem automaticamente com algo que possa a vir a menosprezá-las. Talvez seja pelo fato de vivermos em um mundo que tenta, o tempo todo, nos colocar para baixo, esfregando na nossa cara o quanto não somos tão bonitos, tão alegres, tão fabulosos, tão inteligentes, tão bem sucedidos quanto deveríamos ser. Talvez seja por sermos autocríticos demais, ou simplesmente porque exista uma falsa humildade em nos menosprezarmos. Muitas pessoas estranham quando alguém, ao receber um elogio, aceita e concorda com a pessoa que o elogiou, reconhecendo um ponto positivo, alguma característica, ou alguma qualidade sua.E assim como existe uma falsa humildade no menosprezo de si mesmo, também existe uma falsa arrogância no reconhecimento de suas qualidades.Reconhecer que você é bom em algo não te faz arrogante, te faz vitorioso. Faz valer todo o sacrifício, todo o esforço e toda a luta. Reconhecer que você tem características físicas que são atraentes e bonitas, não faz você se sentir a Gisele Bündchen ou o David Beckham, apenas mostra que você reconhece a sua beleza particular, que você consegue se olhar com olhos amorosos e que apesar de não ser a miss ou o mister universo, você tem o seu charme. A sua beleza. As suas características positivas e bonitas (principalmente para os seus olhos, e do seu ângulo). Lembro de um episódio, em alguém disse que os meus olhos eram bonitos. O elogio foi este: “você, tem olhos muito bonitos, sabia? Um dos mais lindos que eu já vi”. Eu agradeci o elogio e respondi com sinceridade, dizendo: “Sim, sabia. Eles são mesmo. Obrigada.” A pessoa arregalou os olhos e fez uma cara estranha, quase uma careta, e me chamou de “convencida”. Eu levei na brincadeira e disse: “me convenceram”. Lembro de ter me questionado neste dia, se agi de maneira feia ou se de alguma forma, fui arrogante. Cheguei à conclusão de que não, não fui (embora eu acredite que a outra pessoa tenha julgado de tal maneira, pela sua reação). Seria hipocrisia eu dizer que não concordo, porque sim, eu também acho os meus olhos lindos. Também seria hipocrisia eu fingir estar surpresa, porque eu ouço isso praticamente todos os dias da minha vida. De pessoas diferentes. E então, das alternativas que eu tinha, assumir a beleza dos meus olhos, foi a única hipótese não hipócrita. Assuma as suas qualidades! Se veja com amor e admiração. Receba os elogios de uma forma carinhosa e regozija o teu coração! Você é responsável por suas qualidades! Você tem muito valor! Elogie mais! Reconheça o valor do outro!Quantos elogios sinceros você recebe e quantas críticas? Você já parou para contabilizar? Em casa, com os amigos, no trabalho? Se você é como a maioria de nós, humanos, também recebe mais críticas do que elogios (seja direta ou indiretamente). Alguma vez você já teve aquela sensação, de que quando você faz tudo certo ninguém vê e reconhece, mas quando você faz uma uma única coisa errada, por mais que seja um erro banal, o mundo inteiro cai sobre você? Eu já. Muitas vezes.O fato é que nós não temos (e nunca teremos) controle sobre o outro. Tudo o que podemos fazer, é modificar a nós mesmos.Podemos modificar como nos sentimos, como nos enxergamos, o que valorizamos (em nós e nos outros) e a forma como lidamos com as nossas qualidades. Devemos reconhecer as nossas qualidades, e nos desprender dos nossos defeitos. Porque não são eles quem ditam quem somos. Nós somos mais do que os nossos defeitos. Quantas vezes você reconhece o valor do outro, ao invés de enxergar somente os seus erros ou os seus defeitos? Quantas vezes você elogia e foca nas coisas boas, ao invés de só criticar e destacar os pontos negativos e defeitos? Reconhecer o valor do outro implica em ser alguém de valor!Pessoas que só julgam e despejam a sua frustração sobre o outro, com enxurradas de críticas e descontentamentos, provavelmente não estão bem consigo mesmas. Menosprezar o outro pode demonstrar inveja, insegurança, e até falta de amor próprio, inclusive. O sucesso do outro não pode ser um insulto pessoal, nós precisamos reconhecer valor alheio, sem que isso interfira em nosso próprio ego e sem que façamos comparações absurdas e nos sintamos ameaçados por isso. Nós vemos no outro o que já existe em nós. Se você é uma pessoa com um olhar feio, a feiura está em você, nos seus olhos e no seu coração. Veja a beleza e torne-se belo. Espalhe beleza por onde você passa!Elogie mais! P.S.: Alguém já disse que você é especial, hoje? <3Saiba mais sobre psicólogos curitiba via Blogger Como você reage a um elogio? |
AutoraOlá, meu nome é Jóice Bruxel, eu sou psicóloga clínica em Curitiba e atualmente atuo com psicoterapia e terapia de casal. Com um projeto pessoal em meu nome, também sou escritora e colunista em vários sites de psicologia, comportamento, saúde, autoconhecimento e bem estar. Agende agora a sua consulta! Histórico
Março 2019
Categorias |