Psicoterapia para adolescentes, jovens e adultos e terapia de casal.
Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: Sobre príncipes da Disney e capas da Playboy Desde o princípio da nossa existência somos condicionados a modos de ser e estar no mundo. Aprendemos gostos, preferências e ideais. Somos seres culturais e a cultura e o meio em que vivemos está diretamente ligado a quem somos, ou melhor, da forma que nos conhecemos e reconhecemos no mundo e nos outros. Nos relacionamentos não é diferente. O que consideramos ideal foi pregado, construído e reforçado.A imagem de homem ou mulher ideal é algo que constantemente nos frustra, porque simplesmente, ele não existe. Passamos a vida achando que a grama do vizinho é mais verde, porque incutiram na nossa cabeça que existe a perfeição e que precisamos, a todo o custo, possuir esta perfeição, como uma espécie de troféu ou honra ao mérito. Grande parte dessa ilusão seria evitada, se não existem duas coisas: os príncipes dos filmes da Disney e as capas da PlayboyVou explicar: Nós, mulheres, assistimos desde menininhas filmes da Disney, que mostram príncipes encantados, com uma aparência maravilhosa, que aparecem montados em um cavalo branco para nos salvar dos males e nos fazer viver felizes para sempre. Sim, pasmem! Como se a nossa felicidade dependesse deles... Os príncipes são homens ricos, moram em um castelo, são sensíveis, apaixonadíssimos, românticos e nos compreendem. Eles resolvem todos os nossos problemas, porque claro, nos filmes, as mulheres são frágeis e indefesas. É de rir e de chorar ao mesmo tempo. Mas é isso que aprendemos desde pequenas! Felizmente este cenário tem mudado bastante nos últimos tempos e vejo grandes melhorias nos tempos futuros. Mas inconscientemente, ainda buscamos o príncipe encantado, e nos frustramos quando nos deparamos com os sapos e ogros da vida. Mas está errado quem pensa que só nós, mulheres, somos condicionadas a ideais totalmente irreais, os homens também são! Homens são visuais por natureza, e desde cedo, são visualmente poluídos com as capas de Playboy super photoshopadas, que estampam mulheres gostosonas, com super peitos, bundas e coxas, barrigas super chapadas e sem o mínimo de imperfeições. Mal sabem os homens (ou ignoram o fato) que para as mulheres chegarem naquele “estado”, foram necessárias muitas horas de photoshop e de “reboco”. A construção dos homens de “mulher ideal” se baseia em um modelo totalmente fantasioso, e quando se deparam com as mulheres reais, com corpos imperfeitos e um cérebro (uau, que descoberta!), se frustram, e muitas vezes até sentem medo. Eles foram condicionados ao modelo do corpo cheio de photoshop e também ao modelo de mulher frágil e indefesa (mostrado nos filmes da Disney) e se deparando com uma mulher inteligente, cheia de opinião e poder, frequentemente se sentem ameaçados, e em alguns casos, até fogem. Podem também querer competir, humilhar, desvalorizar e fazer pouco caso, e tudo isso, para alimentar o ego e a figura de “macho alfa” que muitos fazem de si mesmos.Antes de qualquer coisa, precisamos entender que as nossas preferências e ideais de perfeição não são nossos, foram construídos; eles não são reais e não chegaremos a eles, portanto, buscá-los encontrar no outro ou nos adaptar para sermos esse ideal para alguém, é mera utopia.Precisamos olhar o outro com carinho, com empatia, e amar as particularidades. O amor não idealizado entre duas pessoas imperfeitas é o amor real. E o amor implica decisão. É necessário entender que amor também implica em escolher amar os defeitos, e que estes precisam ser vistos com suavidade e acolhidos com delicadeza. Precisamos também, nos olhar com carinho. Nos olhar com apreço e admiração. Parar de nos culpar por não sermos perfeitos. De odiar nossos corpos. De ser insatisfeitos e ingratos. Nós não somos perfeitos, mas somos especiais, da nossa maneira!Passar a vida em busca de um ideal que é apenas uma criação da mídia e de diversos tipos de indústria (estética, farmacêutica, etc), que lucra com a sua (nossa) insegurança é cansativo, é pesado. E nós não precisamos carregar este peso! Esqueça os príncipes da Disney e as capas da Playboy. Desconstrua. Use como nota mental: Eles não existem! Saiba mais sobre terapias curitiba via Blogger Sobre príncipes da Disney e capas da Playboy
0 Comentários
Artigo produzido por Psicóloga Jóice Bruxel: Blue Whale (o jogo suicida da baleia azul). Verdade ou mito? O que é Blue Whale e como funciona?Blue Whale é um jogo online que tem como finalidade o suicídio. Os participantes do jogo devem realizar tarefas e enviar registros de seus feitos para os curadores ou então postar na web algumas mensagens subliminares, como uma foto de uma baleia azul, por exemplo. Curadores são as pessoas que delegam e também recebem o comprovante das tarefas (vídeos, fotos) e resumidamente, manipulam os jogadores através da persuasão, para que eles permaneçam no jogo. Acredita-se também que os curadores ameacem e chantageiem os participantes, no caso de algum deles querer desistir. No total são 50 tarefas. Apesar de ter acesso as supostas tarefas, eu não vou as expor aqui, pois não quero que este texto seja usado de forma errada. Resumidamente, as tarefas vão desde tarefas simples (como desenhar uma baleia), assistir vídeos psicodélicos e de terror de madrugada, como também a tarefas mais complexas, como de automutilação, por exemplo. E sim, a última das 50 tarefas, é o suicídio.P.S.: Existem várias tarefas de automutilação, e a automutilação pode ser visível! Fique atento aos sinais! Preste atenção nas pessoas que o cercam! O que fazer se alguém próximo a mim estiver jogando o jogo? Como devo proceder?O primeiro passo é manter a calma! Eu sei que você deve estar assustado, mas o seu comportamento neste momento não pode ser impulsivo, rude ou agressivo. Antes de qualquer coisa, você precisa acolher a outra pessoa, amar, tratar com carinho respeito e afeto. Sim, o afeto é muito importante nessas horas e faz toda a diferença.Sente com ela, converse, e ouça mais do que qualquer outra coisa. Abrace. Pergunte como ela se sente, o motivo pela qual ela entrou no jogo e mostre que você está ao lado dela, incondicionalmente. Não a julgue. Em hipótese alguma, a culpe. Você não precisa entender, mas precisa acolher. Não menospreze a forma como ela se sente. As batalhas são individuais e invisíveis. Tenha sempre consciência disso.Não deixe a pessoa sozinha e procure ajuda psicológica e psiquiátrica com urgência. Essa pessoa precisa de tratamento e cuidado. Mas entenda: o cuidado não é só terapêutico e medicamentoso, é também afetivo. Cuide dela. Permaneça atento. Mas quem é que jogaria um jogo desses, se tem como finalidade, a morte?Tenho ouvido (e lido) muitos comentários maldosos a respeito do tipo de pessoa que entraria em um jogo que tem como objetivo final, a morte. Comentários preconceituosos e totalmente equivocados, fazendo uma salada mista sobre suicídio, depressão e transtornos mentais. É muito provável que alguém que se sinta atraído ou desafiado a jogar esse tipo de jogo, seja uma pessoa que já tenha ideação suicida, e é mais provável ainda que esta ideação esteja atrelada a depressão ou algum transtorno, como Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), por exemplo. Pode ser também alguém que esteja emocionalmente fragilizado ou simplesmente alguém muito curioso (apesar de menos provável, acredito que seja possível). Você não precisa entender como uma pessoa que participaria do jogo pensa ou o que ela sente, mas você precisa respeitar. Todo o seu achismo é baseado na sua vivência, na sua perspectiva e percepção. Antes de sair julgando ou reproduzindo falas completamente equivocadas sobre depressão, suicídio e transtornos mentais, leia, pesquise, busque conteúdo. Aprenda. Isso também é urgente.Suicídio não é opção, é a falta de uma opção. É desespero. Cansaço. Sofrimento. Desistência. Busca. Ambiguidade: uma forma de encontrar na morte, uma opção à vida. É perturbador. É um fim que para muitos, representa um novo início.E não, provavelmente você não vai entender e não precisa. E eu espero que você não precise sentir na pele para aprender a respeitar. Mas afinal de contas, o jogo é verdade ou mito? As pessoas estão realmente morrendo por causa dele?Não sei. O fato é que não é possível afirmar que a causa das mortes é o jogo, em si. E na verdade, se você chegou até aqui, o que eu quero dizer pra você é que pouco importa. O que realmente importa é que os números não mentem: o suicídio tem aumentado de uma forma brutal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. E essa deve ser a nossa causa: o suicídio. Ou melhor, a prevenção dele. Independente de este jogo ser verídico e ser a causa de várias mortes mundo a fora (ou não), o problema é real, atual, e ele está perto de nós. Do nosso lado. De todos nós. Aqui e agora. Preste atenção nas pessoas que estão perto de você. Seja afetuoso. Tenha empatia. Se disponibilize a ajudar e se preocupe verdadeiramente. Busque informação.Como eu citei no artigo sobre os 4 mitos frequentes sobre o suicídio, existe uma ambivalência no ato, ao mesmo tempo em que o sujeito vai atrás da morte (o que para ele, pode significar a finalização de algum problema ou até então de uma existência, que para ele, pode não fazer mais sentido), ele deseja algum tipo de intervenção externa. Algo que solucione o seu problema e lhe dê algum tipo de direcionamento.Grande parte dos suicídios poderia ser evitado se houvesse algum tipo de intervenção. O outro também é responsabilidade sua! P.S.: Se você chegou até aqui porque por algum momento, passou pela sua cabeça participar do jogo ou se suicidar, não tenha vergonha de pedir ajuda. Eu e muitas pessoas podemos lhe ajudar. Envie-me uma mensagem, nós podemos conversar! Você também pode entrar em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida) através do número 141 ou pelo site: www.cvv.org.br Você não está sozinho (a)! Saiba mais sobre psicoterapia curitiba via Blogger Blue Whale (o jogo suicida da baleia azul). Verdade ou mito? Post produzido pela Psicóloga Jóice Bruxel: LUTO – A importância de se desprender e aprender a deixar ir Todos nós perdemos. Perdemos o tempo todo. E também ganhamos. Alguns ganhos, inclusive, implicam em outras perdas, e vice-versa. Tudo isso é natural. Mas o fato de ser natural, não impede de ser doloroso. Perder, muitas vezes, dói. E pode doer muito. Perdas significam mudanças, e mudanças são processos que implicam em desconforto. Até nos familiarizarmos com o novo, estamos fora da nossa zona de conforto. Sendo assim, todos nós, em algum momento precisamos lidar com a separação de algo que nos é essencial ou importante. Sejam pessoas, coisas, objetos, dinheiro, status, poder, sentimentos, animais de estimação, etc. Precisamos lidar com a mudança que esta falta, que esta perda implicará. Precisamos lidar com o que vamos fazer com a falta e com a saudade que sentiremos. Precisamos ficar de cara a cara com o vazio. Enfrentar o nada. O luto é um processo. Um processo de desprendimento. E você precisa aprender a se desprender. A não formulação saudável do luto consiste justamente quando alguém não consegue fazer este movimento, de desprendimento com o que foi perdido, e sim, faz o movimento contrário, o de identificação. A melancolia, neste cenário, entra como uma espécie de morrer junto, de ir embora junto com aquilo que foi perdido. É como se a identificação da própria pessoa se desse a partir daquilo que foi perdido, ou seja, o que foi perdido é o verdadeiro sentido dela mesma, e sem aquilo, é como se a sua própria existência fosse (ou estivesse) nula. E é neste caso, em que a pessoa não consegue se desprender e seguir em frente, que existe uma não elaboração saudável do luto, o que pode trazer grandes danos, tanto no presente, quanto no futuro. Se você passou por algo parecido e não consegue seguir a sua vida por se ser totalmente dependente de algo ou alguém que já se foi, procure ajuda! Você precisa aprender a lidar com as suas faltas, todos nós precisamos. A falta é algo inerente ao ser humano. Sempre sentiremos falta de algo ou alguém. Entenda: Você precisa seguir adiante, e isso não significa que não vai doer, apenas não vai paralisar. A dor é algo presente e inevitável, e você não pode ter o controle sobre isso, mas você precisa ter o controle sobre o que você vai fazer com isso. Você precisa se libertar! Precisa aprender a lidar com a sua própria dor, a encará-la de frente. E eu sei que vai doer. Vai doer sim. Comigo acontece da mesma forma. Mas fugir não é uma opção. Ficar amarrado ao que já se foi é um fardo muito pesado para continuar carregando. Existem pessoas que podem te ajudar. E eu sou uma delas. Sossega o teu coração e fica tranquilo (a). Um passo de cada vez. Ainda existe vida, ainda há uma jornada pela frente. Um passo de cada vez e sempre em frente. Enfrente e em frente! Você não está sozinho(a)!Saiba mais sobre psicoterapia curitiba via Blogger LUTO – A importância de se desprender e aprender a deixar ir Originalmente publicado pela Psicóloga Jóice Bruxel: ANSIEDADE – Mentes turbulentas e corpos inquietos: Causas, tratamento e sintomas Iniciarei este texto lhe fazendo duas perguntas simples e diretas. Você sabe o que é ansiedade? Você se considera uma pessoa ansiosa? Eu não sei quem você é, mas independente de quem você seja, eu tenho certeza que você fala ou ouve, com certa frequência, a seguinte frase: “eu estou/sou ansioso (a)”. Pois bem, muito se fala em ansiedade, mas o que, afinal de contas, é a ansiedade? Todos somos ansiosos? Quais são os sintomas? Quais as causas? Qual é o tratamento? Ansiedade tem cura? Existem alimentos que melhoram e pioram a ansiedade? Vamos por partes. Ansiedade normal x Ansiedade patológicaA ansiedade, ao contrário do que muitos pensam, é uma emoção inerente ao ser humano. Ela nada mais é, do que uma resposta natural do corpo frente a uma situação de estresse ou perigo. Ou seja, se você estiver em uma selva e avistar um leão, por exemplo, muito provavelmente o seu corpo entrará em estado de alerta, e neste contexto, a ansiedade é uma emoção natural frente a uma situação de perigo real. Já a ansiedade patológica, ocorre quando existe uma resposta do corpo frente a uma situação que não representa, de fato, um perigo real. Por exemplo: uma pessoa com distúrbio de ansiedade pode ter a mesma reação que teria ao avistar um leão (que representa um perigo real), ao ter que pegar um ônibus ou enfrentar uma situação cotidiana, que não representa um perigo real, de fato. Neste caso, há um problema, quando as circunstâncias e o perigo são desproporcionais em relação às respostas do corpo.Distúrbios de ansiedadeExistem diversos distúrbios de ansiedade, sendo alguns deles: ansiedade generalizada, síndrome e ataques de pânico, distúrbios fóbicos (fobia social, agorafobia, etc), ansiedade induzida por drogas ou doenças.Sintomas psicológicos da ansiedadeAlguns dos sintomas comuns da ansiedade são:
Sintomas físicos da ansiedadeSão alguns sintomas físicos da ansiedade:
Causas da ansiedadeExistem várias causas para a ansiedade, como por exemplo: questões genéticas, ambiente e histórico de vida (eventos traumáticos ou de estresse), estrutura e modelo de pensamentos. A origem da ansiedade também pode estar relacionada a alguma doença, como por exemplo: problemas respiratórios, doenças hormonais, problemas cardíacos, assim como também ao uso abusivo de drogas e substâncias químicas em geral, incluindo medicamentos.TratamentoSendo que a psicoterapia (terapia com psicólogo) pode auxiliar o paciente na compreensão dos fatores cotidianos que desencadeiam a ansiedade, com a finalidade de reduzir os sintomas e trabalhar os eventos que desencadeiam os problemas, ela é uma grande aliada no tratamento da ansiedade. Em paralelo a psicoterapia, podem ser utilizados medicamentos (que devem ser prescritos por médicos e não automedicados). Há também, quem opte por conciliar com a psicoterapia, tratamentos naturais para a ansiedade, fazendo uso de chás (maracujá, camomila, alface), exercícios (técnicas de relaxamento, etc.) e aderindo a uma alimentação equilibrada e consumindo alimentos que diminuam a ansiedade.Alimentos que controlam a ansiedade
Alimentos que devem ser evitadosAlguns alimentos pioram os sintomas, e devem ser evitados ou consumidos em menor quantidade. São alguns deles:
Dicas práticas para controlar a ansiedadeMudanças de hábitos, no seu dia a dia, podem fazer muita diferença e ajudar a controlar a ansiedade. Cada caso é um caso, e essas práticas não anulam a necessidade de psicoterapia e uso de medicamento (em casos de distúrbios de ansiedade), mas podem atuar em conjunto, assim como também, de modo preventivo.
Mas afinal, ansiedade tem cura?Você lembra que inicialmente eu falei que a ansiedade é inerente ao ser humano? Então, tendo em vista que a ansiedade é uma resposta (ou uma emoção) natural, ela não tem cura. A ansiedade natural não é ruim, ao contrário, frente a uma situação de risco real, é uma resposta necessária para a preservação da nossa existência, da nossa vida. O problema reside na ansiedade patológica, e esta sim, com ajuda e tratamento adequado, pode ser controlada. CONCLUSÃO Se após ler este texto, você considera e identifica a ansiedade como um problema em sua vida, que te limita, causa danos e impossibilita de diversas formas, sendo pelos sintomas psicológicos, seja pelos sintomas físicos, mude de hábitos e procure ajuda! Você não precisa enfrentar isso sozinho!Saiba mais sobre psicologia em curitiba via Blogger ANSIEDADE – Mentes turbulentas e corpos inquietos: Causas, tratamento e sintomas |
AutoraOlá, meu nome é Jóice Bruxel, eu sou psicóloga clínica em Curitiba e atualmente atuo com psicoterapia e terapia de casal. Com um projeto pessoal em meu nome, também sou escritora e colunista em vários sites de psicologia, comportamento, saúde, autoconhecimento e bem estar. Agende agora a sua consulta! Histórico
Março 2019
Categorias |